Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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quinta-feira, 18 de março de 2010

Consumo de baixa renda segura resultados do PIB

Para Renato Meirelles, diretor do instituto de pesquisas, os dados sobre o consumo das famílias demonstram a importância da classe média e da base da pirâmide da população brasileira. Classes C, D e E são responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada no País.

Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o consumo das famílias teve crescimento, tanto no quarto trimestre como no fechamento do ano. “Isso demonstra a força que as classes C, D e E tem dentro da economia do país, já que são elas as responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada no país”, aponta Renato Meirelles, diretor do instituto de pesquisas Data Popular.

No quarto trimestre, o consumo familiar registrou aumento de 1,9%. Já na relação 2008/2009 a evolução foi de 4,1%. O crescimento do ano passado representa a sexta alta anual consecutiva. “E foi exatamente esse fator que segurou uma queda mais acentuada do PIB, destaca Meirelles, referindo-se aos gastos das famílias com produtos e serviços.

De acordo com ele, a análise dos hábitos de consumo do brasileiro permite afirmar que a demanda interna continuará aquecida a ponto de continuar sendo decisiva para os principais indicadores econômicos. O estudo “Tendências da Maioria” – Data Popular/Data Folha – mostra que as famílias das classes C e D estão dispostas a continuar gastando nos próximos meses.

Como exemplo de intenção de compras, o estudo aponta que, de cada 100 pessoas que pretendem comprar geladeira nos próximos meses, 48 e 40 estão entre as famílias de classes C e D, respectivamente. Entre as classes A/B, o produto é alvo de 12% das intenções.

O potencial de consumo também é alto para itens como computadores. Do total de novos aparelhos que poderão entrar nas casas dos brasileiros, 47% serão utilizados por lares da classe C e 39% pelos da classe D. Nas classes A/B a intenção de compra do mesmo produto cai para 14%.

Na avaliação de Meirelles, todos esses números refletem os resultados das políticas públicas de fomento ao consumo, desde a instalação da crise dos mercados mundiais. “Enquanto no cenário mundial a palavra de ordem era economizar, o Brasil seguia o caminho inverso”, afirma.

O sócio-diretor do Data Popular acredita que a tendência de consumo do mercado emergente deverá se manter. Ele cita alguns fatores preponderantes para a geração de consumo da classe média e da base da pirâmide: os programas de expansão de renda, o aumento da oferta de crédito e os reajustes salariais, geralmente superiores aos índices de inflação e a participação mais ativa de jovens e mulheres nas atividades econômicas.

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