Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras
Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

terça-feira, 30 de março de 2010

Agenda eventos abertos Abril - Tom Coelho

Palestra: O Sucesso a partir das Atitudes

Data: 24/04/2010

Local: Marabá/PA

Evento: aberto



Palestra: Comunicação: a interação entre pessoas e estratégias

Data: 14/04/2010

Local: Florianópolis/SC

Evento: XX CONCARH

segunda-feira, 29 de março de 2010

Livros Digitais: Nada será como antes!

Autor: Marcos Gouvêa de Souza
Fonte: GS&MD

Nesta semana a Livraria Cultura passará a disponibilizar livros para download nos chamados e-readers, ou leitores digitais. Em breve a Saraiva também fará o mesmo, tirando partido de sua experiência na comercialização de filmes em formato digital.

O site GatoSabido, o primeiro a disponibilizar livros em formatos digitais no Brasil, de acordo com a inglesa Cool-er, pretende ampliar sua atual oferta, que, além do acervo de títulos internacionais, tem 900 títulos em português.

A Fnac anuncia para daqui a dois meses a venda de leitores digitais, com preço estimado entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00. A Samsung deverá começar a venda de seus leitores digitais em maio.

Editoras já estão em negociação com livrarias para definição das condições para comercialização de seus livros, que deverão ficar entre 10% e 30% mais baratos na versão digital. Algumas editoras começam a estudar o caminho da distribuição direta de seus livros no formato digital aos consumidores finais. As editoras renegociam com seus autores contratados as condições para os direitos em módulo digital, uma vez que a maioria dos contratos não previa essa alternativa.

No próximo dia 3 de abril começam as vendas do iPad, da Apple, com tela touch screen, aguardado por muitos, por integrar a leitura digital com outras funções usualmente disponíveis em computadores, porém já frustrando aficionados da marca, por entenderem que o que será oferecido está aquém das expectativas que foram geradas.

Consumidores brasileiros, em número não estimado, já fazem uso dos leitores digitais disponíveis no mercado internacional, como os dois modelos Kindle da Amazon (o primeiro foi lançado em 2007), cujo principal diferencial é o enorme acervo já disponível, de mais de 375 mil livros, jornais (incluindo alguns editados no Brasil) e revistas. No último Natal nos Estados Unidos, segundo a Amazon, teriam sido vendidos mais downloads de livros do que os próprios livros fisicamente.

Além dos aparelhos Kindle, estão disponíveis no mercado, com participação já importante, os modelos nook da livraria americana Barnes & Noble e o Sony Reader, da Sony.

Na última Consumer Eletronics Show (CES), em janeiro em Las Vegas, surpreendia o número de aparelhos sendo apresentados por empresas de todos os tamanhos, destacando-se fabricantes coreanos, chineses e indianos com equipamentos de custo significativamente mais baixo e com características adicionais aos modelos conhecidos, sinalizando o enorme potencial de evolução tecnológica dos leitores digitais e a perspectiva de significativa redução de preços aos consumidores.

Os modelos mais comerciais, como o produto de entrada da Kindle, o modelo DX, hoje vendido por US$ 249 nos Estados Unidos, deverão ter seus preços de venda reduzidos, o que contribuirá para uma massificação da oferta, com a perspectiva que se chegue a produtos com preço de venda inferior a US$ 100 em dois anos. Ou antes.

Desenha-se, como se percebe, uma profunda transformação, se não uma revolução, na comercialização de conteúdo por meio dos leitores digitais.

Sob o ponto de vista da experiência do consumidor, deveremos viver um processo semelhante ao vivido com a disseminação dos computadores pessoais e celulares. Haverá uma curva de aprendizagem, trazendo consigo, ao mesmo tempo, uma profunda mudança de hábitos de compra e consumo de livros, jornais e revistas, conectando também músicas. O leitor digital será um centro de entretenimento pessoal.

Da mesma forma que a televisão não fez desaparecer o cinema, apenas precipitou sua transformação, o leitor digital não fará desaparecer a leitura de jornais, revistas e livros, como hoje os conhecemos fisicamente, mas irá precipitar grandes mudanças, em especial à medida que novos leitores melhorem a definição de texto e imagens, incorporem cores e novos recursos, permitindo que o centro de entretenimento pessoal também contribua para estabelecer e compartilhar experiências e relacionamentos.

Os primeiros leitores digitais, ainda que criando uma experiência totalmente diversa, permitindo acesso digital a revistas, jornais e livros, alterando hábitos, velocidade de acesso e atualização, têm limitações relevantes nas definições de fotos e imagens e seu tamanho exige um recondicionamento do hábito de leitura, mas tornam seus novos usuários absolutamente cativos de suas possibilidades.

O fato de receber de forma instantânea a nova edição da revista internacional, a edição diária do jornal, o novo livro recém lançado; poder ler, marcar, destacar, arquivar e salvar artigos, capítulos, frases ou conceitos; poder ouvir o livro editado em audiobook; acessar o acervo para pesquisa e análise, com eventual compra; ou poder ler capítulos antes de comprar, recursos antes parcialmente disponíveis via computadores pessoais, foram transferidos para os leitores digitais, que fisicamente se assemelham, em peso e forma, a um livro convencional de cem páginas. Com a virtude da conexão via celular instantânea para atualização praticamente em todo o mundo, incluso no preço do conteúdo.

A experiência do consumidor com o leitor digital é o gatilho de uma transformação estrutural nas relações entre livrarias, editoras, autores, distribuidores e todos que interagem nesse mercado, de maneira similar àquela ocorrida no setor musical. O varejo de jornais, livros e revistas será, por decorrência, impactado estratégica e definitivamente, devendo ser reinventado à medida que se dissemine o uso do leitor digital. Estamos no início do ciclo de vida desses produtos, mas seu potencial transformador de hábitos de compra e consumo de conteúdo será notável nos próximos anos.

Definitivamente, nada será como antes

quarta-feira, 24 de março de 2010

Código do Consumidor proibe cobrar tarifa por boleto bancário

Autor: Mara Andrich
Fonte: Portal Paraná Online

O consumidor que tem boletos para pagar deve ficar atento a um ponto: o Código de Defesa do Consumidor proíbe, em seu artigo 51, a cobrança de tarifas em boletos bancários. Essa tarifa nada mais é do que a taxa de emissão do boleto, e é referente às parcelas do financiamento. E quem deve arcar com esse valor é quem contrata o serviço da instituição financeira, e não o consumidor, segundo o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).

O Ibedec informa que o consumidor tem direito a impetrar uma ação na Justiça se houver a tal cobrança, sendo que a ilegalidade da taxa já foi declarada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Há anos, várias ações na Justiça têm sido favoráveis ao consumidor, já que o Código prevê a ilegalidade.

O presidente do Ibedec, Geraldo Tardin, comenta que a empresa pode dar uma outra opção de quitação da dívida ao consumidor, e não somente com um boleto. Desta forma, não haveria a taxa. “A empresa não pode impor o boleto bancário se essa opção trouxer aumento no valor do débito do consumidor”, afirmou. Segundo ele, o Instituto atende muitas denúncias sobre esta ilegalidade, e várias ações já foram impetradas na Justiça. Em algumas o Ibedec já obteve ganho de causa, como em casos de dois bancos e de uma empresa aérea no Distrito Federal (Brasília). Muitas outras, segundo Tardin, aguardam julgamento.

As ações do Ibedec pedem o fim da cobrança para todos os clientes das empresas, bem como a devolução em dobro das tarifas cobradas, e ainda a aplicação de uma multa em favor do Fundo Nacional de Defesa dos Direitos Difusos, da ordem de R$ 1 milhão.

O Procon-PR também orienta que a cobrança é ilegal. Os consumidores que enfrentam este problema podem contatar o órgão pelo Disque Procon (0800-41-1512). O endereço da sede do órgão é Alameda Cabral, 184 esquina com a Rua Cruz Machado, Centro, Curitiba. É preciso apresentar documentos pessoais (RG, CPF e comprovante de residência) e documentos referentes à cobrança.

Varejo é com Miles Davis!

Autor: Renato Müller
Fonte: GS&MD


Estados Unidos, 1959. Enquanto a Revolução Cubana leva à Guerra Fria e a um de seus períodos mais dramáticos, que desembocaria na invasão da Baía dos Porcos e na Crise dos Mísseis, uma outra revolução tomava forma na música: o trompetista Miles Davis reunia seu sexteto para criar um dos álbuns de jazz mais influentes da história e o disco do gênero mais vendido. Kind of Blue é um daqueles casos de sucesso de público e crítica que são capazes de ultrapassar os limites do tempo. Imortal, divide a história do jazz.

O que torna Kind of Blue único é o fato de que ele rompe a hegemonia do bebop, o estilo de jazz característico daquela década, que, com suas harmonias complicadas e um virtuosismo técnico, tornou o jazz mais hermético e, dessa forma, distante do público. Ao reunir um grupo de ases da música (John Coltrane no sax tenor, Julian Adderley no sax alto, Bill Evans no piano, Paul Chambers no baixo e Jimmy Cobb na bateria), Miles Davis deliberadamente ousou ao seguir um novo rumo, em que os solos de cada instrumento são menos cheios de volteios, mais melodiosos e baseados em escalas. Esse jazz modal devolveu uma sonoridade lírica, com mais frescor, à música. Não à toa, Kind of Blue vendeu ao longo dos anos mais de quatro milhões de cópias, um número sensacional para um álbum desse tipo.

Ao ser lançado, Kind of Blue rapidamente estabeleceu sua reputação como um divisor de águas na história da música. Ele abriu oportunidades para o desenvolvimento de novas escolas, novas abordagens musicais e, por que não, de novas maneiras de “conversar” com o público, de se relacionar com ele.

Exatamente o que começa a acontecer hoje no mercado varejista.

Atualmente, existem mais de 91 telefones celulares para cada 100 brasileiros. Por mais que apenas 18% dessa base de mais de 170 milhões de aparelhos sejam pós-pagos, o número de smartphones vem crescendo rapidamente, tendo ultrapassado em fevereiro a casa de 7,46 milhões de dispositivos, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mais importante que a crueza dos números, porém, é o impacto que a tecnologia passa a ter sobre o cotidiano das pessoas.

Vá a qualquer show e, em vez dos flashes de câmeras digitais, por toda parte aparece o tom azulado das telas dos celulares. Imagens capturadas e que, segundos depois, estão nas redes sociais, comunicando de forma instantânea o que acontece.

Vá a uma loja e capture o código de barras na tela do smartphone para ter acesso a todos os detalhes sobre o produto, da tabela nutricional a promoções envolvendo itens relacionados, tanto na loja quanto na internet. O próprio conceito de “mundo online” e “mundo offline”, por sinal, perde o sentido quando o consumidor age de forma multicanal, pesquisando no celular as melhores ofertas e comparando preços, características e condições de pagamento com as outras opções no celular e no ponto de venda físico.

A cada dia, mais e mais aplicativos estão disponíveis aos usuários dos aparelhos mais sofisticados, que em pouco tempo se tornarão o padrão do mercado e impulsionarão uma nova geração de dispositivos móveis. O celular assume um papel de mídia convergente, reunindo televisão, rádio, MP3, agenda, email, internet, notícias, serviços, plataforma para a leitura de livros e muito mais. Torna-se o centro da vida digital de bilhões de pessoas em todo o mundo, permitindo conectar pessoas em todos os cantos do planeta, de forma simples e rápida.

É um movimento que terá profundas implicações sociais, políticas e econômicas. Muito ainda se escreverá sobre esse fenômeno e em não muito tempo o iPhone será reconhecido oficialmente como o marco do início dessa nova fase. O Kind of Blue das telecomunicações.

O varejo será profundamente impactado por isso, uma vez que o consumidor se acostuma rapidamente com as novidades. Multicanal, por exemplo, passa a ser obrigatório para quem já experimentou uma vez. E transversalmente. Quem já teve a oportunidade de procurar um livro ou CD em uma loja e, ao descobrir que ele não estava disponível, encomendá-lo na loja para entrega em casa (ou no ponto de venda, se for mais conveniente para ele), passa a desejar o mesmo tipo de serviço em uma loja de artigos esportivos ou em um home center.

A influência da convergência multicanal é inevitável e irreversível. E, com o desenvolvimento de novas abordagens na esteira do Kind of Blue das telecomunicações, será impensável não incluir essas ferramentas na oferta de serviços aos consumidores.

Você está preparado?

terça-feira, 23 de março de 2010

Como abrir uma empresa

Por Débora Zanelato / Do M de Mulher
Fonte:www.oempreendedor.com.br

Identifique o que gosta
Primeiro, defina com o que você mais gostaria de trabalhar - restaurante, salão de cabeleireiro, etc. Afinal, para que o negócio dê certo, é preciso que você goste da atividade. Pesquise também se ela tem clientes potenciais na sua região. E prepare-se para trabalhar muito: ao contrário de um empregado, que tem jornada específica, o empreendedor se dedica 24 horas ao empreendimento.

É importante também que você domine bem o ramo onde pretende investir. Por isso, vá a lojas similares à sua (em outras regiões), dê uma olhada discreta e tente conversar com dono e funcionários para conhecer as dificuldades da área. Essa pesquisa de mercado também é boa para avaliar quantas pessoas você terá que contratar na sua nova empreitada.



O sócio certo
Se você vai montar o negócio com um parceiro, lembre-se: uma sociedade é como um casamento. Você e seu sócio tocarão a empresa e tomarão decisões juntos. Essa pessoa deve ser alguém que, além de investir na empresa, ajudará a geri-la. E vocês precisam ter uma relação de afinidade e confiança, pois, se não gostarem de fazer as mesmas coisas, a empresa não irá para frente.

Planeje o seu negócio
Chegou a hora de montar seu plano de negócio. Eis alguns itens que você deve avaliar: "Quais produtos/serviços vou oferecer?", "Quem será meu cliente?", "Quanto cobrarei?", "Quantos funcionários terei?".

Uma ajuda para o seu negócio
O Sebrae pode ser uma ferramenta e tanto para ajudar você a montar o próprio negócio. O órgão oferece palestras, cursos online, material de apoio específico para seu ramo e ainda consultoria específica. Veja tudo isso no site www.sebrae.com.br.

A escolha do imóvel
Na hora de definir onde sua empresa vai se instalar, preste atenção nos seguintes detalhes: o lugar deve ser de fácil acesso, ter infraestrutura de água, luz, esgoto e telefone e não estar próximos a zonas de riscos. Veja também se o imóvel está legalizado e regularizado, exigindo todos documentos, inclusive o IPTU em dia. Se for alugar, o contrato de locação é imprescindível.

Quanto investir?
Nesse estágio, analise a grana que terá que aplicar na empresa e o quanto tem disponível em caixa. Para isso, elabore um plano de gastos. Pegue papel e caneta (ou abra uma planilha no computador) e calcule toda as despesas do investimento. Anote quanto gastará com: imóvel, instalações, equipamentos, contratações, legalização da empresa e capital de giro - o dinheiro que você utilizará para pagar contas de luz, água, etc., enquanto a empresa ainda não está dando lucro. Com os dados em mãos, você descobre quanto gastará e poderá saber se dará conta sozinha ou se precisará recorrer a empréstimos.

Crédito fácil
Quer empréstimos de até R$ 2 mil para incrementar o negócio? O Banco Central definiu que, nessa modalidade de crédito, os juros cobrados pelos bancos devem ser de até 2% ao mês. Procure sua agência.

Documentos necessários
Definiu o nome da empresa? Então, faça o pedido de busca na Junta Comercial da sua região para verificar se não há outra sociedade com o mesmo nome. Se tudo estiver ok, entregue os seguintes documentos ao órgão: cópia do IPTU do imóvel onde será a empresa; contrato de locação registrado em cartório ou declaração do proprietário; cópia autenticada do RG e CPF/MF dos sócios e do comprovante de endereço de ambos. Para o registro também é preciso elaborar e apresentar o contrato social da empresa: a certidão de nascimento do negócio. Você pode conseguir um modelo com seu contabilista.

Registre sua empresa
Escolhido o imóvel e firmado o contrato de locação, você precisa constituir a sua empresa. Esse processo é um pouco complexo, e você pode precisar da ajuda de um contabilista. Se você for mesmo a única dona da empresa, o registro deverá ser feito como "Empresário". Se o empreendimento tiver sócios, se transformará em "Sociedade Empresária". Dentro dessa categoria há várias opções. A melhor para a pequena empresa é a "Sociedade Limitada", pois possui regras mais simples que as demais. Ah, a idade mínima para abrir empresa é 18 anos.

Tributos a serem pagos
Após conseguir seu registro na Junta, leve a certidão na Receita Federal para dar entrada no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Então, cadastre-a na prefeitura da sua cidade (para recolher tributos municipais) e nos órgãos que liberam o alvará de seu negócio, como a Vigilância Sanitária, no caso de empresas que lidam com alimentação. Quanto a tributação e encargos sociais, o programa Simples Nacional é ideal para microempresas, pois a cobrança tributária é recolhida mensalmente em um documento único.

Contratação e salários
Precisa contratar? Então, peça ajuda ao contabilista. O profissional vai informar sobre os pisos salariais, tributos empregatícios, direitos dos funcionários, etc. Lembre-se: contratar empregados de forma irregular gera grandes problemas, como possíveis processos trabalhistas que podem até fechar o seu negócio.

Saia da informalidade
Se você tem um negócio informal que lucra até R$ 36 mil por ano pode regularizá-lo no programa do Micro Empreendedor Individual (MEI). Além do registro no CNPJ (que facilita a abertura de conta bancária e pedido de empréstimo) e isenção de impostos, ele tem benefícios como aposentadoria e auxílio-maternidade.

Chegando a hora do IRPF

A maratona para realização da Declaração do Imposto de Renda deste ano, referente ao ano-base 2007, teve início no dia primeiro de março e se estenderá até o dia 30 de abril. Entretanto, é fundamental que os contribuintes comecem a se preocupar evitando surpresas desagradáveis de última hora. Segundo o site da receita o desconto simplificado está limitado à R$ 11.669,72. Está obrigado a declarar quem em 2008:
• obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 15.764,28
• recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40.000,00
• obteve receita bruta da atividade rural acima de R$ 78.821,40
• teve patrimônio superior a R$ 80.000,00
• realizou operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuro e assemelhadas
• passou à condição de residente no Brasil
• participou do quadro societário de empresa, inclusive inativa, como titular, sócio ou cooperado e
• realizou em qualquer mês do ano calendário alienação de bens ou direito em que foi apurado ganho de capital sujeito a incidência do imposto, mesmo que tenha optado pela isenção pela aplicação do produto da venda na aquisição de imóveis residenciais.
É importante o contribuinte não cometer erros na hora de preencher o formulário, evitando cair na Malha Fina. Segundo a Receita Federal entre os principais motivos para reter as declarações estão: a omissão de renda (própria ou de dependentes), divergências nos dados de despesas médicas e falta de declaração de renda proveniente de aluguel de imóveis.
Um dos principais fatores que levam as pessoas a cometerem esses erros é a pressa de entregar as declarações, para receber antes a restituição, ou o fato de deixarem esse trabalho para a última hora. “Basta um pequeno erro de digitação para que o cidadão possa ter uma grande dor de cabeça”, explica o consultor e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos.
Nos últimos anos a Receita vem aperfeiçoando formas de cruzamento de dados para localizar possíveis erros e tentativas de sonegação de impostos. Domingos lembra que há casos em que contribuintes, propositalmente ou não, informam valores equivocados do IRPF e quando a Receita cruza os dados informados com outras declarações a que ela tem acesso (como é o caso da Declaração de Imposto Retido na Fonte (Dirf), entregue pelas empresas) o cidadão pode entrar em apuros.
Outro erro comum ocorre quando o contribuinte obtém aumento de capital e esses dados não batem com seu movimento financeiro, ou quando informa rendimento mensal em desacordo com a CPMF apurada (a partir do próximo ano a DIMOF entrará no lugar da CPMF). “Esses são equívocos que levam os cidadãos a cair na malha fina, o que muitas vezes não ocorre por má fé. Bem por isso temos um software que faz uma avaliação crítica das declarações de nossos clientes, antes de enviarmos as mesmas à Receita”, conta Domingos.
Veja com que outras declarações a Receita Federal realizada os cruzamentos de informações da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física 2008:
1- Declaração Informações Sobre Atividade Imobiliária (DIMOB), onde a Receita obtém informações de pagamentos efetuados pela pessoa física à EMPRESAS INCORPORADORAS DE IMÓVEIS (operações de construção, incorporação, loteamento e intermediação de aquisições/alienações) e recebimentos decorrentes de locação e intermediação de locação feitos através de IMOBILIÁRIAS ou ADMINISTRADORAS DE IMÓVEIS;
2- Declaração de Operações Imobiliárias (DOI), onde a Receita obtém informações dos CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS informando todas as transações ocorridas venda, permuta, doação e qualquer outra operação imobiliária registrada em cartório;
3- (Declaração de Informações Econômico Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (PJ SIMPLIFICADA), onde a Receita obtém informações referente a distribuição de lucros, empréstimos e outras informações (transações ocorridas entre a Pessoa Jurídica com a Física);
4- Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), onde a Receita obtém informações referentes a rendimentos que tenham sofrido retenção do imposto de renda, ainda que em um único mês, rendimentos do trabalho assalariado ou não assalariado, de aluguéis e de royalties acima de R$ 6.000,00 no ano, rendimentos de previdência privada e de planos de seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência - Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), pagos durante o ano-calendário, ainda que não tenham sofrido retenção do imposto de renda;
5- Declaração de Operações com Cartão de Crédito (DECRED), onde a Receita obtem informações de pagamentos mensais (somatório) de cartões de créditos (todos os cartões inclusive adicionais) da pessoa física. Poderá a administradora ou instituições emissoras de cartão de crédito e as instituições responsáveis pela administração da rede de estabelecimentos credenciados do cartão (a seu critério) não declarar operações mensais que não ultrapasse a quantia global de R$ 5.000 por mês;
6- Declaração Informações da CPMF (DIC CPMF), onde a Receita obtém informações sobre o valor global, em cada mês, das operações sujeitas ou não á retenção da CPMF e o valor da referida contribuição, essas informações são prestadas pelas instituições responsáveis pela retenção e pelo recolhimento (Bancos, Caixas Econômicas e Demais Instituições Financeiras). A partir do próximo ano esse cruzamento será substituído pela Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (DIMOF).

Fonte: Reinaldo Domingos/DISOP www.disop.com.br

segunda-feira, 22 de março de 2010

Governo acerta ao inserir educação financeira nas escolas

Fonte: Reinaldo Domingos

Uma boa notícia é que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério da Educação (MEC) planeja para 2010 implantar em 1.650 escolas de ensino médio um programa de educação financeira desenvolvido pelo governo. Isso mostra a correta preocupação com um problema que há muito tempo apontamos, a total nulidade em nossas escolas de bases para que os jovens saibam como lidar com o dinheiro.

Nossa população infelizmente não teve ensinamentos básicos de como devem tratar o dinheiro, assim, não podemos esperar que elas, de uma hora para outra, saibam administrar suas finanças. Assim a inserção desse tema deve ser cuidadosa e, principalmente, deve começar pelas crianças, sendo um grande acerto do Governo o início desse programa.

Agora, resta saber como será a implantação desse programa. Posso afirmar, com a experiência que já venho tendo com a implantação do sistema de ensino de educação financeira em diversas escolas do país, por meio do Instituto DiSOP, que o caminho a ser seguido é a capacitação dos professores, que farão a inserção desse tema junto as matérias que já fazem parte dos currículos das escolas, pois, assim se mostra a naturalidade com que esse tema acontece no cotidiano dos jovens.

No material didático que preparamos para variadas séries, com base no livro O Menino do Dinheiro, a educação financeira é abordada de forma lúdica e de fácil entendimento, adequando-se para cada fase e idade do jovem. Esse material foi criado porque no decorrer de meu trajeto de aprendizagem pelo mundo das finanças pessoais, observei que o real problema está na falta de educação financeira na base, e não na fase adulta, como as pessoas insistem em pensar.

É fundamental para o desenvolvimento de nossa população a inclusão da educação financeira na proposta educacional das escolas. Mas muitos pensam que isso seria muito complicado, isso não é verdade. A prova que isso é possível está no livro Terapia Financeira (Editora Gente), onde detalho como isso é mais simples do que se pode pensar. Na obra apresento a Metodologia Comportamental de Educação Financeira DiSOP, na qual a finanças pessoal não é tratada apenas como uma ciência exata, entrando em outras áreas do saber.

A população tem que ter claro que para conseguir tomar as “rédeas” de sua vida financeira é necessário primeiramente saber a situação que se encontra e traçar os objetivos que pretendemos atingir. Mas esse é só o começo, para que a realidade de endividamento que muitos se encontram termine, é fundamental que a educação financeira seja tomada como fundamental para o crescimento das pessoas. Também é importante alertar nossas lideranças políticas que se atente não só com a macro economia, pois, tão importante quanto ela é a micro economia que cuida do dinheiro que circula todos os dias nas mãos de nossa população.

Reinaldo Domingos - Educador e Terapeuta financeiro. Também é autor dos livros “Terapia Financeira” e O Menino do Dinheiro - (Editora Gente), e criador da Metodologia DiSOP – Educação Financeira - Presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira – (www.disop.com.br).

O novo mundo dos operadores virtuais de celulares

Autor: Marcos Gôuvea de Souza
Fonte: GS&MD


A menos que haja uma prorrogação, encerra-se hoje, dia 22 de março, o prazo para acolhimento de sugestões na forma de consulta pública envolvendo a Regulamentação de Prestação de Serviços de Operadores Virtuais de Celulares, proposta pela Anatel e divulgada em dezembro de 2009, depois de longa espera.

Sobre essa consulta debruçaram-se, nos últimos meses, operadoras convencionais (as chamadas MNOs), os potenciais candidatos a operadores virtuais (MVNO), os prestadores potenciais de serviços nessas áreas, em particular os que podem viabilizar essa atuação (MVNE), os eventuais consolidadores ou agregadores desses serviços (MVNA), escritórios de advocacia e empresas de tecnologia, dentre outros potenciais “jogadores” nesse novo mundo de negócios, que se implantará em breve no Brasil.

A expectativa da Anatel é que os primeiros operadores virtuais já estejam em campo a partir do segundo semestre e sua principal missão será ampliar a concorrência nos serviços de telefonia móvel, voz e dados, em benefício do consumidor final, introduzindo novos serviços, segmentação de mercado e, principalmente, maior concorrência nos preços praticados.

Os primeiros serviços de operadores virtuais de celular começaram na Europa e o mais relevante foi o lançado pela Virgin Mobile, na Inglaterra em 1999, e que hoje possui mais de quatro milhões de clientes. Os números mais recentes indicam a existência de mais de 400 operações virtuais de telefonia móvel, com a perspectiva de que mais de 100 empresas possam operar nos próximos três anos. As primeiras empresas no Brasil a começar a estudar essa modalidade, inspiradas pelo que ocorria no mercado europeu, desenvolveram seus estudos a partir de 2005.

Um bom exemplo no mercado internacional é a Dinamarca, onde hoje existem três operadoras (MNOs), mais de 50 MVNOs e 46% das receitas das operadoras advêm das operações virtuais.

Os potenciais operadores virtuais de telefonia móvel devem ter uma imagem de marca forte e consolidada, preferencialmente com extensa rede de pontos de relacionamento ou vendas; desejo de ampliação de negócios na área de serviços; estratégia e práticas de programas de relacionamento com seus clientes-consumidores; e uma visão estratégica ambiciosa, elementos que estão presentes em grupos como Tesco, Carrefour, El Corte Inglés, além da própria Virgin e outros na Europa.

No Brasil, os candidatos potenciais incluem as principais redes de varejo com atuação nacional, ou forte presença em determinadas regiões com potencial relevante, times de futebol, igrejas e empresas de serviços financeiros, em especial bancos de varejo e seguradoras.

A combinação ideal parece ser a de redes de varejo e bancos com marca reconhecida e valorizada com atuação nacional que tenham negócios na área de cartões de crédito, com programas de relacionamento desenvolvidos com seus clientes; e com estratégia de ampliar sua participação no share of wallet de seus clientes num setor que teve crescimento explosivo nos últimos anos e que continuará a se expandir continuamente pela incorporação de novos negócios e serviços através do canal móvel. Sob qualquer análise, coisa de quem pensa grande.

Para esses candidatos o maior trunfo, além das receitas e resultados advindos da operação direta de telefonia móvel, está no acompanhamento em tempo real e como insider desse setor, que tem aumentado sua expressão estratégica e que, estima-se, representa hoje perto de US$ 800 bilhões em serviços no mundo. Com perspectivas de evolução ainda indefinidas como canal de comunicação, relacionamento, promoção, propaganda e vendas.

Ainda que existam algumas e significativas dúvidas em vários aspectos, em particular na área tributária, o desenho proposto para a regulamentação pela Anatel, moderno e baseado nas melhores práticas entre países, mas inovador em vários aspectos, sinaliza que o que teremos no Brasil em breve ensejará uma profunda transformação no mundo da telefonia celular.

E isso tem o aval dos consumidores.

Pesquisa realizada pela GS&MD - Gouvêa de Souza em 2009 e divulgada durante o 12o Fórum de Varejo da América Latina sinalizou a predisposição dos consumidores brasileiros à aceitação desses serviços por novos players, em especial varejistas, muito provavelmente estimulada pela percepção positiva que existe com relação aos serviços financeiros oferecidos por lojas, comparativamente com aqueles oferecidos por bancos, pela conveniência implícita, os horários mais flexíveis e o ambiente mais amigável.

Pela pesquisa realizada, explicado o conceito de MVNO, 41% dos entrevistados se mostravam favoráveis à aceitação, 21 % não tinham opinião e 38% declararam-se não favoráveis.

As principais marcas varejistas testadas, espontaneamente ou apresentadas, receberam forte aderência à proposta pelos entrevistados.

É exatamente esse amplo espectro de oportunidades que mobiliza os interesses dos candidatos ao serviço no Brasil e os serviços como hoje os conhecemos estarão profundamente alterados nos próximos anos, em benefício do próprio consumidor, das operadoras atuais e dos novos jogadores que se preparam para entrar em campo.

domingo, 21 de março de 2010

Tuitando (Por Luciano Pires)

Cerca de 30 anos atrás fiquei impressionado ao ver Mario Lago na televisão dizendo que em seu ofício de escritor e letrista, o mais difícil não era escrever textos, mas cortar excessos. Mais tarde descobri que o mérito dos bons escritores estava em saber cortar o que era realmente “sobra” e manter a essência do conteúdo.

E isso muito, mas muito antes de aparecer o Twitter.

Twitter. O nome vem do inglês "tweet", que quer dizer “pio”. Tweeter, quer dizer “piador”: o sistema onde você solta seus pios.

O Twitter é uma das redes sociais da internet, que conecta você a milhares de pessoas que – supostamente – tem algo a dizer. E quem já aprendeu a usá-lo sabe que vicia.

Abra uma conta gratuita em www.twitter.com e avise alguns conhecidos. Logo você terá seguidores. Comece a postar suas mensagens: algo que você viu, uma dica de leitura, um comentário político, um desabafo, qualquer coisa. Cada seguidor que gostar de uma postagem sua vai retransmiti-la para outros e aos poucos novos seguidores chegarão. E você vai escolhendo quem você vai seguir (de quem você receberá mensagens) e quem vai seguir você (quem você deixará receber suas mensagens). Entrei como @lucianopires no início de 2009 e em um ano cheguei a quase 2.000 seguidores que recebem meus pios diários. Um monte de gente.

O Twitter é uma inestimável fonte de informações. Graças a ele descobri artistas excelentes, sites maravilhosos e textos inspiradores. Mas também pode ser uma perda de tempo se você seguir despejadores de lixo, sacou? Você decide se o nível é alto ou baixo.

Embora seja um processo inovador, o Twitter obedece os mesmos padrões da mídia convencional: a maioria dos principais “tuiteiros” que tem dezenas ou centenas de milhares de seguidores é composta de celebridades de cinema e televisão. Postam mensagens irrelevantes que atraem a atenção por virem de celebridades. Um dia alguém criará uma forma de medir a relação relevância do seguido x relevância dos seguidores e então saberemos quem tem realmente conteúdo.

Mas voltando à entrevista de Mario Lago, um dos grandes lances do Twitter é que qualquer mensagem tem que ter no máximo 140 caracteres. Por exemplo,se eu tentar “tuitar”: “Itaboraí: em 2006, Lula inaugurou a pedra fundamental. Em 2008 as obras de terraplenagem. E em 2010 o início das obras da primeira unidade. Depois vem a pia do banheiro e o uniforme do porteiro.”, não vou conseguir. A mensagem tem 192 caracteres, incluindo os espaços. Para limitar aos 140 caracteres que o twitter exige, terei que mudar para:

“Itaboraí: Lula inaugurou pedra fundamental, terraplenagem e início das obras da 1a. unidade. Depois vem a pia do WC e o uniforme do porteiro”

Não tem a mesma força, é verdade, mas a essência do texto está lá. E o mais interessante é que no exercício diário de resumir tudo a 140 caracteres, você acaba desenvolvendo a tal preciosa capacidade de síntese. Que aos poucos carrega para seu dia-a-dia, indo direto ao ponto. Eliminando as firulas. Cortando as gorduras.

Experimente. Quem comanda o conteúdo é você,

Mario Lago curtiria o Twitter.

Do Autor: Luciano Pires é Palestrante e Escritor - www.lucianopires.com.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fabiana Karla faz graça com preconceito contra gordos no ambiente corporativo

por Érico Aires (Fonte: Canal RH)

A estreia nos palcos paulistas da comédia Gorda, protagonizada pela atriz Fabiana Karla, do programa Zorra Total, da TV Globo, traz para discussão de uma maneira leve o preconceito contra gordos no ambiente corporativo. A própria atriz enfrentou dificuldades durante sua vida profissional por ser uma mulher acima do peso. “Os papéis de mocinha aqui no Brasil costumam ser dados para as magras, mas acredito em mudanças”, diz ela, para quem a escolha da atriz Thais Araújo, que é negra, para protagonizar a novela do horário nobre da Globo, é um sinal de que a mentalidade começa a mudar.

O processo de transformação, porém, ainda está em curso. E a realidade dos números é preocupante, como indicam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A frequência do excesso de peso entre a população brasileira acima dos 20 anos, aponta o IBGE, supera em oito vezes a dos muito magros. Num universo de 95,5 milhões de pessoas de 20 anos ou mais, há no Brasil cerca de 38,8 milhões (40,6%) com excesso de peso, das quais 10,5 milhões são consideradas obesas.

Especialista no tratamento de sobrepeso e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, o médico Mário Carra, afirma que cerca de 10% de seus pacientes atribuem ao preconceito corporativo o fator de decisão para a busca de tratamento contra a obesidade. Os pacientes se queixam no consultório, explica, que não conseguem emprego ou não são promovidos por conta de serem gordos.

Na percepção dos gestores, afirma, questões mais pragmáticas também são levadas em conta na hora de contratar ou promover um gordo. “A obesidade é uma doença, curável, mas não deixa de ser uma enfermidade e, como tal, pode gerar custos com tratamentos e ausências médicas.” Além disso, afirma, há muita falta de informação. “Há quem ache que os gordos são gordos por um simples desvio de caráter.”

Consumo de baixa renda segura resultados do PIB

Para Renato Meirelles, diretor do instituto de pesquisas, os dados sobre o consumo das famílias demonstram a importância da classe média e da base da pirâmide da população brasileira. Classes C, D e E são responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada no País.

Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o consumo das famílias teve crescimento, tanto no quarto trimestre como no fechamento do ano. “Isso demonstra a força que as classes C, D e E tem dentro da economia do país, já que são elas as responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada no país”, aponta Renato Meirelles, diretor do instituto de pesquisas Data Popular.

No quarto trimestre, o consumo familiar registrou aumento de 1,9%. Já na relação 2008/2009 a evolução foi de 4,1%. O crescimento do ano passado representa a sexta alta anual consecutiva. “E foi exatamente esse fator que segurou uma queda mais acentuada do PIB, destaca Meirelles, referindo-se aos gastos das famílias com produtos e serviços.

De acordo com ele, a análise dos hábitos de consumo do brasileiro permite afirmar que a demanda interna continuará aquecida a ponto de continuar sendo decisiva para os principais indicadores econômicos. O estudo “Tendências da Maioria” – Data Popular/Data Folha – mostra que as famílias das classes C e D estão dispostas a continuar gastando nos próximos meses.

Como exemplo de intenção de compras, o estudo aponta que, de cada 100 pessoas que pretendem comprar geladeira nos próximos meses, 48 e 40 estão entre as famílias de classes C e D, respectivamente. Entre as classes A/B, o produto é alvo de 12% das intenções.

O potencial de consumo também é alto para itens como computadores. Do total de novos aparelhos que poderão entrar nas casas dos brasileiros, 47% serão utilizados por lares da classe C e 39% pelos da classe D. Nas classes A/B a intenção de compra do mesmo produto cai para 14%.

Na avaliação de Meirelles, todos esses números refletem os resultados das políticas públicas de fomento ao consumo, desde a instalação da crise dos mercados mundiais. “Enquanto no cenário mundial a palavra de ordem era economizar, o Brasil seguia o caminho inverso”, afirma.

O sócio-diretor do Data Popular acredita que a tendência de consumo do mercado emergente deverá se manter. Ele cita alguns fatores preponderantes para a geração de consumo da classe média e da base da pirâmide: os programas de expansão de renda, o aumento da oferta de crédito e os reajustes salariais, geralmente superiores aos índices de inflação e a participação mais ativa de jovens e mulheres nas atividades econômicas.

Construindo o Futuro - Usando a estrátegia correta

A pressão por resultados imediatos dentro das empresas tem tornado os gestores mais cautelosos e menos propensos a se engajar em projetos que possam ter benefícios maiores, mas com sua concretização dentro de prazos mais dilatados, ou que eventualmente carreguem consigo algum tipo de risco.

O hábito de pensar as empresas dentro de linhas estratégicas definidas pelas cartilhas tradicionais tem levado muitos administradores a tomar decisões tímidas e com baixa criatividade, inibindo dessa forma mudanças necessárias na renovação dos processos e nos hábitos comportamentais dos principais colaboradores. Mesmo em ambientes estáveis as estratégias têm prazos de validade. As circunstâncias requerem características dinâmicas de renovação.

Os motivos que levam um gestor a investir parte do seu tempo planejando a estratégia empresarial, quer seja para garantir um retorno duradouro e cada vez maior a seus acionistas, seja para obter uma vantagem competitiva nos mercados em que atua, necessariamente estão associados à sobrevivência e à perenidade.

A empresa, como ser vivo que é, não pode prescindir de revisões constantes e periódicas, estudando o setor em que atua, otimizando seus recursos e competências, fazendo manobras mais rápidas e precisas que a concorrência, ou mesmo mudando o modelo de negócio, se necessário for. O bom entendimento dessas competências, dos talentos e das atividades que foram responsáveis pela escolha do modelo de negócio é que irá garantir o sucesso da estratégia adotada.

A adoção simplista do modelo de negócio existente sem mudanças é uma abordagem conservadora, porém rotineira. A mudança no modelo de negócio para obter a criação de valor e de sobrevivência a longo prazo, por sua vez, é uma abordagem mais rara e possui certa dose de risco, porém envolve uma grande transformação.

Para o presidente de uma empresa cujo modelo de negócio é bem-sucedido, refiná-lo e torná-lo mais rentável é mais seguro do que a perspectiva de correr o risco de uma mudança transformacional. Por outro lado, históricos de empresas que não estão inseridas em nichos ou em mercados relativamente protegidos têm sofrido desgaste em seu modelo tradicional de negócio, e as que permaneceram intactas em seus resultados obrigatoriamente tiveram que promover mudanças estratégicas importantes.

Mudanças podem ser feitas pela troca de portfólio, quando se visualiza que os principais produtos da empresa esgotaram o seu ciclo de vida, ou deseja-se alcançar um novo posicionamento mercadológico que agregue mais valor. A diversificação pode ser buscada, quando o expertise tecnológico permite encontrar produtos com uma expectativa de crescimento mais promissora. O crescimento orgânico pode ser reforçado através de escolhas que estimulem as competências internas, como custos baixos e competitivos ou um diferencial logístico mais inteligente e eficaz. Aquisições ou fusões podem ser implementadas todas as vezes que oportunidades sinérgicas apareçam e tragam melhores resultados para o conjunto do que o desempenho individual oferece.

Não há uma fórmula vitoriosa única, ou uma maneira milagrosa de manter sua empresa no topo. O que existe é o desafio constante de não permitir o acomodamento e estar alerta e preparado para mudanças sempre que sentir que o mundo gira a uma velocidade maior que a sua. A ciência está em quando fazê-lo, como fazê-lo e de que forma. A arte está em acertar mais do que errar.

Marcos Sardas, sócio diretor da GS&MD

segunda-feira, 15 de março de 2010

UNIVERSIDADE - Download Livros Gratuítos

Nesta semana a Universidade Estadual Paulista (UNESP) lançou a primeira coleção de livros digitais. Serão disponibilizados para download 44 títulos da pós-graduação, todos gratuitamente pelo site www.culturaacademica.com.br.

De acordo com a UNESP, trata-se do único projeto entre as universidades brasileiras a conceber a publicação original de livros em formato digital. A instituição não vai disponibilizar as obras em versão impressa.

A iniciativa é uma parceria entre a Fundação Editora UNESP e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP, que criaram em 2009 um programa de publicação de livros digitais. Os trabalhos selecionados para publicação abrangem as áreas do design, direito, artes, geografia e música, entre outros. O projeto prevê a publicação de 600 livros nos próximos 10 anos.

sábado, 13 de março de 2010

Blog Educação Profissional

Prezados amigos,

Acho que evoluir é uma palavra que representa um status de vontade e motivação para conquistar na prática os resultados que temos como projetos de vida.

Todo o esforço e toda a dedicação vêm da vontade de querermos adicionar tempêros ao que fazemos, seja na forma quantitativa ou qualitativa, a vida sempre terá um cheiro, um sabor diferente quando estamos buscando por mudanças e melhorias.

Para tanto reunimos para esse blog grandes especialistas formando um verdadeiro time de colunistas, para que possamos de forma diversificada completar os vázios e dúvidas tão comuns quando as palavras são carreiras e profissões.

Amigos, por aqui estaremos a sua disposição e esperando também pela sua participação e contribuição com temas de relevância, para que juntos possamos adicionar valores para o enriquecimento e segurança dos propósitos profissionais.

Um grande abraço,

Sérgio Dal Sasso
Consultor Empresarial, Escritor e Palestrante
Gestor do blog e do Portal Educação Profissional