Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sua organização joga o jogo de verdade?

Fonte: GS&MD
Autoria: Cesar Boulos

Muitas empresas bem sucedidas desenvolveram seus modelos de negócio à luz de uma lógica quase cartesiana. Processos rígidos que, respeitadas as peculiaridades de cada mercado, passavam de forma generalizada e “simplista” quase sempre por:
1) Desenvolver conceitos criativos
2) Desenvolver bons produtos ou serviços
3) Vender vigorosamente
4) Ativar vendas e construção de marcas com propaganda e promoção massificada.

As empresas que mais rapidamente compreenderam esse sistema tiveram as condições de implantar processos para aprimorar sua produtividade. Como resultado fortaleceram suas marcas e construíram sólidas posições de mercado. Por décadas, as principais empresas das diferentes cadeias de valor de bens de consumo se desenvolveram dessa forma. Imperou a lógica da massa crítica e defesa de margens. Das estratégias ocultas. Das relações ganha-perde. E o consumidor sendo tratado como elemento passivo do processo, bombardeado por propagandas e promoções para influenciar suas atitudes e fazer a “roda do mercado girar”.

Um modelo que funcionou, mas que deixa desperdícios, desbalanceamentos e ineficiências brutais por todo o ciclo.

O modelo fica estruturalmente em cheque à luz das demandas que a nossa nova lógica de consumo introduz ao processo. As novas tecnologias e o fenômeno das redes sociais introduziram a “luz da verdade” ao longo de toda a cadeia de valor. E com uma velocidade difícil de prever até pelos mais visionários futurólogos. Com ela preços, margens, ineficiências e até mesmo estratégias de negócio, temas antes guardados a 7 chaves nos níveis mais altos das organizações, passam a ser debatidos por clientes e consumidores com uma transparência e naturalidade que chega a deixar em pânico gestores seniores de grandes companhias. Essa nova realidade, somadas à evolução concorrencial dos mercados estão transformando radicalmente o cenário de consumo. E essa realidade só irá aumentar.

Vivemos a criação de um novo quadro no qual foram dadas apenas “algumas pinceladas”. Pela profundidade e complexidade da transformação ainda é impossível vislumbrar o desenho completo que será formado. Mas as pinceladas dadas já começam a formar contornos e esboços que nos dão alguns indícios dos valores comuns dos novos protagonistas no jogo que será jogado daqui pra frente. Ainda esboços, é verdade. Mas já temos sinais suficientes para tratá-los quase como “traços de personalidade” obrigatórios. Estão presentes em boa parte das iniciativas consideradas vitoriosas no novo cenário. Sugerimos alguns desses novos “traços de personalidade” para sua reflexão:

- Transparência
- Relacionamento
- Agregação real de valor
- Definição clara de papéis

Obviamente, as empresas já bem posicionadas que rapidamente absorverem em suas operações esses novos valores e tiverem a capacidade de se adaptar e transformar, têm plena condição de sair na frente e continuar “distribuindo as cartas do jogo” em seus negócios. Mas para tanto será fundamental a eliminação de ineficiências em toda a cadeia. Será vital a identificação do papel e da real agregação de benefícios de cada participante da cadeia de valor. Ganhos de produtividade passam a ser obrigatórios. Integrar em muitos casos passa a ser mais importante do que negociar. E quem estiver a mais deve sair. Simples assim. Se as organizações não forem capazes de implantar simplificações e racionalizações, alguém o fará por elas. E muito mais rápido do que imaginam.

Por outro lado não vamos simplificar o raciocínio para uma banal busca incessante pelo menor custo. Não é tão simples assim. Felizmente não é! O consumidor tem recursos para investir nos produtos e serviços que realmente ofereçam a ele soluções interessantes. E muito provavelmente terá cada vez mais! Oferecer essas soluções e ganhar dinheiro através delas é a “nova arte” que vai definir quem sai da mesa e quem segue jogando...

Mas sem dúvida nenhuma, a velocidade e a profundidade da transformação abre talvez uma das maiores janelas de oportunidade para a implantação de novas soluções e de novos modelos de negócio que já vivenciamos nas últimas décadas. E nesse novo cenário já formamos 2 grandes convicções: será cada vez mais difícil blefar. E a verdade valerá cada vez mais.

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