Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Atitude: qualidade que faz a diferença

Fonte: Canal RH
Autoria: Fabiano Lopes

Tão apreciado na terra da rainha, o “CHA” para o setor de RH tem significado que em nada se relaciona com a famosa bebida inglesa. O anagrama se refere a Conhecimento, Habilidade e Atitude. Três características, que, se bem desenvolvidas, transformam o profissional detentor delas em funcionário dos sonhos de dez a cada dez empresas. Das qualidades do CHA, a atitude é a única que está ligada intrinsecamente à personalidade do profissional e, segundo especialistas, a mais difícil de ser “ensinada” e a de maior complexidade de ser definida.
Um profissional com atitude não espera receber ordens para agir. “Ele traz consigo o sentimento de dono do negócio”, afirma Carina Budin, sócia-gerente da filial de Campinas (SP) da Asap, consultoria de recrutamento e seleção de executivos. Quem tem atitude se destaca por se envolver na tomada de decisão da empresa, indo além da sua função. “Esse tipo de perfil é fundamental para o desenvolvimento da companhia, desde que, também, respeite os limites, não passando por cima de superiores e deixando claros os objetivos de suas ações”, afirma.
Disputado pelo mercado, o profissional com atitude também é valorizado pela dedicação à empresa, como comenta Carolina Côrrea, gerente de Mercado da consultoria LAB SSJ. E, para ela, ter atitude no ambiente de trabalho está relacionado à maturidade, o que, por sua vez, não tem obrigatoriamente ligação com idade. “No ambiente corporativo, temos hoje técnicas eficientes de aceleração da maturidade que podem promover uma mudança de comportamento e de atitude”, ressalta. A especialista garante, portanto, que é possível, sim, ensinar alguém a ter atitude. “Cabe ao RH adotar ações para isso”, diz.
As empresas têm optado por monitorar os talentos e verificar os seus eventuais potenciais. A Souza Cruz faz um mapeamento das competências dos mais de 1.100 funcionários e a atitude é considerada como fator positivo em eventuais promoções. “Um profissional com esse perfil consegue identificar vantagens competitivas dentro de sua área e é o que esperamos de todos na empresa”, afirma Renata Faria, gerente corporativa de Recursos Humanos. Para verificar se o colaborador tem ou não atitude, a empresa realiza duas ações. Uma vez por ano é feito um processo de avaliação de competências - os gestores sentam com os subordinados e os avaliam, indicando onde e como melhorar. Outra forma utilizada é por meio dos resultados. “O quanto o funcionário produz está relacionado à sua performance e, assim, com sua atitude”, salienta Renata.
A gerente explica também que a Souza Cruz possui programas específicos para incentivar o desenvolvimento da iniciativa de seus funcionários. Um deles valoriza ações em prol da inovação, atingindo todos os níveis hierárquicos. Quando alguém indica mudança de processo que gera benefícios para a fábrica recebe uma compensação financeira e é dada visibilidade à ação do funcionário. “Fazemos uma celebração em que destacamos a capacidade do profissional e os ganhos da iniciativa”, conta Renata. Essa publicidade da ação cria um efeito em cascata. “É uma forma de inspirar outros funcionários a agir também.”
Na Acrilex, a atitude dos funcionários é avaliada no dia a dia. “A competência pode ser observada na capacidade de realização e nos resultados que o colaborador entrega”, diz Evandro Rogério Rosa, gerente de RH da empresa. Segundo ele, a Acrilex possui um clima organizacional aberto, em que a comunicação flui sem impedimentos, com feedbacks diários e constantes, permitindo o desenvolvimento da atitude de todos. “Eles se sentem seguros para opinar, o que acarreta um aumento de ideias que melhoram o negócio”, afirma.
A prática constante de feedback para estimular o desenvolvimento da atitude dos funcionários também é utilizada na Basf. Para isso, a companhia conta com o programa “Diálogo com o Colaborador”, que formaliza o feedback entre líderes e subordinados. “Além disso, temos um programa de desenvolvimento para ampliar a transparência na organização, para que todos possam conhecer as oportunidades de desenvolvimento disponíveis”, afirma Juliana Justi, Talent Manager da Basf. Na companhia, os colaboradores são estimulados a assumir a responsabilidade pelo sucesso da companhia. “Em um mercado tão competitivo como o atual, precisamos de pessoas que apresentem ideias e as façam acontecer”, afirma.

 
 
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