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quinta-feira, 10 de março de 2011

Dia Internacional da mulher: Como andam o RH e a questão feminina?

Fonte: Canal RH
Autor: Daniela Lessa

O ano de 2011 é o primeiro da segunda década do século 21. Isso não deixa de ser emblemático. Afinal, passados 10 anos da chegada do ano 2000, muitas foram as transformações na sociedade brasileira, mundial e no mercado corporativo. Nesta entrevista ao Canal Rh, três executivos da área, duas mulheres e um homem, – George Bettini, gerente Sênior de RH da GVT, Maria Aparecida Lamin, diretora de RH da TNT, e Shirleuda Taveira, gerente de Desenvolvimento Humano do Grupo Ypióca – comentam os efeitos desses fatos recentes para o setor de Recursos Humanos das empresas no Brasil e projetam suas expectativas para o futuro. Eles também comentam a participação feminina em cargos de destaque nas empresas e na Presidência do País. Segundo Maria Aparecida, “o fato da presidente do País ser uma mulher fortalece o crescimento no número de mulheres que estão em posição de liderança, mas é preciso que as mulheres se preparem cada vez mais para assumir postos de liderança (pessoal e profissionalmente), mostrando seu valor”. Já Shirleuda não acredita “em mudanças significativas nessa questão”.

Canal Rh: O Brasil passa por uma mudança política com o governo de Dilma Rousseff. Embora ela represente continuidade, durante a campanha comentava-se o desconhecimento a respeito da candidata. Os senhores acreditam que essa mudança política afetará o comportamento das empresas e, consequentemente, as decisões de RH?

George Bettini: Realmente esse ponto é uma incógnita. Entretanto a presidente tem um desafio de entender o País e estabelecer uma política de manutenção do crescimento, bem como as políticas sociais já vigentes; o que nos leva a crer que em 2011 não haverá mudanças que venham afetar decisões em termos de recursos humanos.

Maria Aparecida Lamin: Não vemos impactos.

Shirleuda Taveira: O comportamento das empresas deve continuar igual ao dos últimos anos.

Canal Rh: Ainda em relação à política, os senhores acreditam que o fato de o Brasil ter uma mulher presidente pode afetar a visão das companhias sobre as mulheres no mercado corporativo? Creem que isso abre mais possibilidades para que elas assumam cargos decisórios?

Bettini: Na GVT a proporção entre homens e mulheres está muito próxima, estando estas com 45% do total das posições. Também temos mulheres ocupando posições decisórias e este processo ocorre de forma muito natural na companhia, que reconhece os profissionais de alto desempenho. Portanto, as possibilidades na GVT sempre existiram para todos.

Maria Aparecida: O fato da presidente do País ser uma mulher fortalece o crescimento no número de mulheres que estão em posição de liderança, mas é preciso que as mulheres se preparem cada vez mais para assumir postos de liderança (pessoal e profissionalmente), mostrando seu valor.

Shirleuda: Não acreditamos em mudanças significativas nessa questão.

Canal Rh: Em 2010, o Brasil cresceu significativamente, em parte por conta da recuperação em relação à crise. No entanto, os economistas esperam que 2011 tenha um crescimento mais modesto, como isso pode afetar os processos de contratação de mão de obra?

Bettini: Ainda estamos vivendo uma carência de mão de obra no País, especialmente para os cargos que requerem especialização do conhecimento. No setor de telecomunicações, mudanças estão ocorrendo de forma intensa e em 2011 não deve ser muito diferente. Portanto, acreditamos que continuaremos a ter disputas pelo capital humano.

Maria Aparecida: Acredito que 2011 ainda será um ano de crescimento para o Brasil, assim como os próximos quatro anos. O aquecimento da economia, além de abrir muitas oportunidades, também provoca falta de mão de obra qualificada, principalmente de gestores. No caso da TNT, há carência de profissionais qualificados para alguns cargos específicos, como, por exemplo, motorista de viagens.

Shirleuda: Não acreditamos que isso irá facilitar o processo de contratação, pois o déficit de mão de obra especializada continua altíssimo no Brasil.

Canal Rh: Os senhores acreditam que essa possível acomodação do crescimento reduzirá o risco de apagão de mão de obra?

Bettini: Não, pois a demanda por profissionais ainda continua muito aquecida.

Maria Aparecida: Não. Mas é possível que haja um certo apagão de mão de obra especialmente em alguns setores, como o de logística e de construção civil, devido à falta de investimento no desenvolvimento e na formação de profissionais e também pela alta na demanda decorrente da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

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