Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Política Nacional - Histórico e Opinião

Autor: Prof Pedro Frosi Rosa. Professor Associado Universidade Federal de Uberlândia

"Acordei hoje com um pensamento fixo: "Preciso escolher meu candidato à Presidência da República."
Mas, votar em quem??? O primeiro pensamento foi: NÃO VOTAREI NA DILMA!!!

Mas por quê? Seria por causa do Lula?

Quando lembro-me do Lula, tenho uma certa aversão, mas aí vem o pensamento: "Como posso ter aversão a um presidente que na última pesquisa teve 81,7% de aprovação pelo povo brasileiro? (Fonte: "Jornal A Folha de São Paulo"). Comecei a imaginar que o problema está em mim e não no Presidente Lula".

Pensei até que esta aversão poderia ser pela lembrança de minha adolescência quando via as reportagens de um Lula, um pouco "descabelado" sobre um caminhão ou palanque, com uma grande barba negra, gritando... E como comecei a pensar no passado, resolvi analisar parte da história, onde grandes países que também passavam por grandes desigualdades, fomes e crises, elegeram um presidente de partidos populares, vindo normalmente do povo sofrido.

Iniciei analisando a grande potência do início do século XX, a Rússia. Em fevereiro de 1917, na Revolução Russa, houve a queda da autocracia do Czar Nicolau, o último Czar a governar, e procuraram estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal. Já em novembro de 1917, houve a Revolução de Outubro, na qual o Partido Bolchevique, liderado por Bu Abuláh, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

Os Bolcheviques eram considerados a maioria, que pretendiam a implantação definitiva do socialismo na Rússia através de reformas radicais com o apoio do proletariado. Este grupo era formado por uma facção do Partido Operário Social-Democrata Russo liderada por Vladimir Lenin.

As primeiras medidas tomadas pelo novo governo foram a reforma agrária(com a distribuição de terras aos camponeses), a nacionalização dos bancos e fábricas, (sendo que a direção destas últimas foi entregue aos operários) e a saída da guerra. Ao retirar-se do conflito, a Rússia assinou com a Alemanha a Paz de Brest-Litovsk, entregando aos alemães algumas regiões russas. Nesta tomada do poder, Lenin tinha uma popularidade positiva de 89% e assim ele fundou e implantou o Comunismo na Rússia e exportou para outras nações posteriormente, como Cuba, China e Coréia do Norte (fonte: Os Bolcheviques - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Continuando na história chegamos a década de 30.

Olhando para outro país que passava por crises, principalmente por ter perdido uma guerra (1ª guerra mundial), a Alemanha vê um homem, vindo do povo e com apoio de um partido popular, um grande líder. É pouco provável que algum dirigente político do século 20 tenha igualado o grau de popularidade alcançado por Adolf Hitler (1889-1945) na Alemanha, nos dez anos que se seguiram a sua chegada ao poder, em 30 de janeiro de 1933. O apoio da população ao Partido Nazista era tímido se comparado à veneração dos alemães por seu líder máximo, que tinha 92% de popularidade enquanto governava a Alemanha (fonte: "Livro Hitler, 1889-1936, e Hitler, 1936-1945, Ian Kershaw, W.W. Norton, 1998 e 2000"). O culto ao mito exerceu um papel determinante no funcionamento do Terceiro Reich e na aterradora dinâmica do nazismo. Adorado pelo povo, adulado por seus subordinados e temido no resto da Europa, Hitler entrou para a História como a encarnação da barbárie, o artífice do Holocausto, o símbolo de um dos regimes mais horrendos já conhecidos da humanidade.

Na mesma época, outra nação passava por: Insatisfação com os resultados do final da 1ª guerra mundial, crescente insatisfação popular por alto índice de inflação, empobrecimento do povo, desemprego e fome. Então surge do meio do povo um líder, vindo da guerra e com um partido com objetivo de ter um governo forte e autoritário. Benito Mussolini, junto com seu partido o Fascismo. No poder, Mussolini alcançou da popularidade de 77% na Itália (fonte: Benito Mussolini - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Bem, sou apaixonado por História, pois aprendi que quem não conhece História não é capaz de construir um grande futuro, e nós, temos que sempre analisar todos os pontos possíveis quando nos propusermos a tomar uma decisão importante como votar para presidente da república.

Cheguei à conclusão de que minha aversão ao Lula tem fundamento,baseado no modo autoritário de governar. Em uma entrevista, quando ele é punido pelo STE por fazer campanha antes do tempo para sua candidata, afirma que não concorda em obedecer a juízes. Mostrando em sua fala que é contra a democracia.

E analisando nossos candidatos, não creio que temos muitas escolhas, infelizmente, mas creio que posso contribuir para que o Brasil não seja, no futuro próximo, mais um país governado por alguém eleito pelo povo humilde, que coloca suas esperanças nas mãos de alguém que promete muito, sem condições de cumprir nem 10%. E minha preocupação aumenta, quando vejo que a segurança do povo, a maior instância do poder judiciário, pode ter sua credibilidade contestada.

Estou falando o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, que é composto por juízes elevados ao posto de ministros. Esses ministros são indicados pelo Presidente da República e se forem aprovados pelo Congresso, assumem uma cadeira no lugar de quem se aposenta ou morre. Dos 11, temos uma indicação ainda do Sarney, uma do Fernando Collor de Melo e duas do Fernando Henrique Cardoso e SETE do Presidente Lula.

O Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil e acumula competências típicas de Suprema Corte e Tribunal Constitucional. Sua função institucional principal é de servir como guardião da Constituição Federal.

Mais quatro anos no poder, sendo o guia de uma mulher que parece uma marionete, podemos ter um STF totalmente indicado por eles e os nossos olhos e voz, nos jornais não comprometidos com o governo, poderão ser fechados e calados, como está atualmente o jornal O Estado de São Paulo e Diário do Grande ABC que, por ordem do STF, não podem falar de nenhum aliado do governo.

Lula olha para Dilma nos palanques e aponta o dedo dizendo: CONTINUIDADE! CONTINUIDADE! (Fonte: Jornal de Pé de Figueira de11/08/2010 com a matéria: A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff afirmou, em seu primeiro comício em Minas Gerais ao lado do presidente Lula, que vai fazer de seu governo uma continuação da atual gestão).

Continuidade da política da fome, onde ele pegou a idéia do governo anterior, a chamada Bolsa Escola, que concedia às famílias uma ajuda por enviar o filho a escola, tirando a criança do analfabetismo e suprindo assim a necessidade do seu trabalho infantil, e a transformou na Bolsa Família, que dá o dinheiro, independente da criança frequentar a escola. Assim, o pai recebe e ainda obriga o filho a trabalhar, não educando as crianças e aceitando as migalhas lançadas pelo governo.

Continuidade da ânsia pelo poder, mesmo fazendo alianças com grandes inimigos como Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo, como relatou o Jornal Nacional 09/08/2010.

Um país sem Educação, não pode ter senso crítico e ter condições de analisar o que é melhor para todos. Sem educação, você não conseguiria ler esta matéria, seu mundo seria reduzido. Sem educação, você viveria com uma mísera bolsa família e pediria para todos seus amigos e familiares votarem em quem lhe proporciona essa esmola.

Em quem vou votar ???
Meu voto é secreto e não divulgarei, mas posso afirmar, NÃO VOTAREI NA DILMA!!!

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Reflexão sobre "Esquema Ponzi"

"Luís Inácio vai ser reconhecido pelas futuras gerações como o homem que elevou o "esquema Ponzi"(ref) à proporções épicas. Esta é a razão pela qual ele sequer se esforçou para aprovar emenda constitucional permitindo sua reeleição. Ao invés, escolheu uma personalidade desconhecida, mas dotada de histórico viés autoritário para sucedê-lo.

Antes de mais nada, entendamos como operou o governo Lula.

Ele herdou do governo anterior uma situação econômica estabilizada. Por força de um doloroso período de ajustes (que implicou numa prolongada recessão) o Brasil dispunha, pela primeira vez em muito tempo, de consideráveis reservas internacionais. Além disso, como decorrência do processo de privatização realizado no governo anterior o capital internacional encontrava um terreno fértil para o investimento na oferta de bens de consumo não duráveis e serviços. Mais ainda, a "máquina estatal" encontrava-se enxuta e desaparelhada.

Percebendo o potencial facultado pela disponibilidade de caixa, Luís Inácio implementou um "esquema": passou a distribuir dinheiro para famílias sem rendimentos. Esta é a primeira fase do "esquema Ponzi", quando o golpista mostra-se próspero. Evidentemente, com a disponibilidade de dinheiro tais famílias tornaram-se, da noite para o dia, consumidoras de bens e serviços antes inacessíveis. Isso alavancou, numa primeira etapa, o comércio varejista e parte significativa do comércio de serviços orientados para público de baixa renda. Como tais negócios mostraram-se rentáveis, começaram a atrair o interesse das empresas financeiras que criaram linhas de crédito específicas. Estava começando a ser montada a pirâmide: crédito de curto prazo chamando crédito de curto prazo e ninguém preocupado com a liquidez (e, portanto adimplência) no longo prazo.

Como é um indivíduo de sorte, em 2007 e 2008 Luís Inácio foi beneficiado sucessivamente pelo estouro da bolha imobiliária e pelo estouro da bolha financeira. Profundamente mergulhados em recessão, investidores dos EUA e da UE passaram a "liberar geral" para qualquer um que se oferecesse a pagar juros relevantes (no caso do Japão, por exemplo, os juros cobrados atualmente são negativos...). Assim, engendrou factoides ("pré-sal" por exemplo) e prometeu projetos "garantidos pelo governo" ("la garantia soy yo" lembram-se...) com alta demanda de capitais ("trem bala", Belo Monte, olimpíadas e copa de futebol). Pagando 6% ao ano, livres de encargos, o Brasil se tornou duplamente interessante ao capital especulativo: além dos juros altos, quanto mais dólares/euros/yenes entram, mais a moeda brasileira se valoriza e, ao fim do período, além de auferirem os rendimentos dos juros os investidores ainda percebem o ganho cambial.

O Brasil passou então para a "fase de cruzeiro" do golpe Ponzi: estamos remunerando capital emprestado com capital ingressante. Estamos pagando empréstimos com empréstimos. E estão todos "enlouquecidos". O povão porque está se endividando em cartão de crédito na dependência exclusiva de renda gerada por "programas sociais". Os bancos porque estão concedendo créditos para essas pessoas. O varejo porque está se estocando. A construção civil porque está investindo em pessoas que não podem oferecer rigorosamente nenhuma garantia. Os investidores internacionais porque estão injetando capitais enormes em um negócio absolutamente sem lastro.

Quanto tempo este "esquema" aguenta? Depende de alguns fatores: do tempo até que a valorização do Real torne inviáveis as exportações de produtos primários (minérios para a China, por exemplo), dos limites impostos pela arrecadação à transferência de renda pelo mecanismo dos "programas sociais" (vejam que neste último mês, apesar da arrecadação recorde o Governo Federal teve de "adiantar receitas" (expressão bonita para "meter a mão no caixa") de diversas estatais para "fechar as contas"), da disponibilidade de ingresso de novos capitais (em algum momento alguém vai auditar os fundos de investimento e perceber que a situação é muito parecida com aquela do "estouro da bolha imobiliária"), da não necessidade dos capitais em seus lugares de origem, etc.

De qualquer forma, a única certeza é a de que o "esquema" vai estourar. Simplesmente porque é matematicamente insustentável. A grande questão é o que vem depois.

É evidente que o histórico da candidata oficial aponta para um movimento na direção de uma "venezuelalização" do Brasil: na tentativa da implantação de um governo "Bolivariano" através da argumentação de que a "culpa pelo estouro da bolha" é da "pequena burguesia" do "Sul maravilha" (como os nordestinos se referem a SP, RJ, MG e Paraná). Neste caso estaremos de volta à 1960: um governante socialista apoiado por um mar de fisiologia, uma economia arrebentada, um povo desesperado e uma oposição que lembra muito o UDNismo. Como este nó vai ser desfeito é que é o problema. Atualmente vai ser difícil encontrar apoio internacional para uma solução similar a 1964. Então ou teremos um Collor de saias (e vamos reviver o governo Sarney - agora com Temer no poder - e perder mais vinte anos de nossa história) ou sei lá... E o "sei lá" preocupa pois, dependendo do prejuízo que for causado aos capitais internacionais e do grau de desespero e desagregação da população pode-se até chegar ao rompimento do Pacto Federativo."

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