Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aprenda com os erros dos outros!

Fonte: Canal RH
Autor: Fernanda de Almeida

E se ao invés de aprender com os próprios erros, os profissionais se dedicassem a aprender também com os equívocos e experiências alheias? É mais ou menos isso o que as empresas propõem quando oferecem aos seus funcionários um programa de mentor. A ideia é que o RH ajude os colaboradores a escolherem outro profissional mais experiente para orientá-los ao longo da carreira. “Essa escolha pode encurtar caminhos por meio de experiências já vividas e do conhecimento que o mentor tem do mercado e da cultura organizacional”, acredita Mara Turolla, consultora e diretora de Coaching da Career Center, empresa de gestão estratégica em RH e carreira.
Um mentor auxilia seu “pupilo” por meio de sua experiência de vida e carreira, com o networking que possui, compartilhando visões sobre a cultura e o ambiente político da organização e com vivências com situações de liderança que são novas para um profissional mais novo. Mara sugere que a busca por um mentor aconteça assim que o profissional deixar uma função técnica para assumir um cargo de gestão. “Para o início de carreira, a orientação vinda do próprio gestor e do RH costumam atender bem às primeiras necessidades. Mas ter alguém que você admire como referência e modelo de liderança pode facilitar muito sua adaptação nesse novo momento”, afirma.
O primeiro passo é o profissional verificar se a empresa em que atua oferece algum programa de mentores e quais as regras de funcionamento. Se houver um programa estruturado na empresa, o RH pode ajudar a identificar o mentor e intermediar a primeira conversa. Caso não haja um programa formalizado, o RH poderá orientar o colaborador para encontrar o mentor. Neste caso, o funcionário deve identificar pessoalmente aquele profissional que está a um ou dois degraus acima dele na escala hierárquica e solicitar um horário para conversarem a respeito. Mara ressalta que a escolha por mentores que estejam muito acima na pirâmide pode não ser produtivo, dadas as diferenças de realidade.
Para identificar as opções de possíveis mentores, o colaborador deve admirar a trajetória, a postura profissional e as competências desses executivos. Havendo identificação com valores e condutas, é hora de agir. “Solicite um horário para uma conversa, cerca de 30 minutos, organize sua fala se apresentando brevemente, verificando a disponibilidade de tempo e energia do escolhido e elabore o convite deixando claro o tempo a ser utilizado, intervalo entre reuniões e o que você espera desses contatos. Deixe a pessoa refletir se não puder ou quiser responder na hora. Deixe claro por que você o escolheu”, orienta Mara.
Também é preciso ter consciência de que um mentor não tomará nenhuma decisão no lugar do outro profissional, mas servirá como orientador. O mais experiente deve perguntar e ouvir ativamente e orientar. As decisões, no entanto, jamais devem deixar de ser individuais. Mara alerta que “não precisa concordar com tudo que o mentor disser. Pode ser interessante alguém com pontos de vistas diferentes para ampliar a visão e trazer novas perspectivas. Na maior parte do tempo, o mentor falará da experiência dele e não postulando o que o outro profissional deve ou não fazer”.
E para os profissionais que foram convidados para o papel de mentor, antes de aceitar por se sentir lisonjeado, é importante verificar se realmente quer assumir o compromisso. “Só aceite se tiver real disponibilidade para garantir agenda e atenção adequada à proposta”, orienta a consultora. “Ser mentor de jovens líderes é uma excelente oportunidade para manter-se conectado com as novas gerações e passar seu legado de liderança e formação de potenciais”, complementa.
Mentores na prática
Na Predicta, especializada em marketing digital, os colaboradores são incentivados a escolher um mentor. “Acreditamos que a mentoria é uma excelente forma de compartilhar experiência e desenvolver nossos profissionais”, diz Marcelo Marzola, diretor-geral da companhia.
Além do modelo convencional, em que o colaborador escolhe seu mentor com auxílio do RH, a empresa oferece a seus colaboradores o Encontro Inti, em que Marzola se reúne a cada duas semanas com todos os gerentes e coordenadores por cerca de três horas e, em conjunto, é escolhido um tema relevante (como negociação, liderança, inovação) para o desenvolvimento pessoal de todos eles em suas funções.
Esses profissionais, em duplas, têm a tarefa de preparar a apresentação do tema para o encontro, no qual se discute como aquele assunto é relevante para o dia-a-dia do trabalho. “Nesses encontros sempre surgem boas discussões sobre situações reais da empresa, do dia-a-dia, e dos liderados que fazem parte das equipes lá representadas”, explica Marzola.
“Acreditamos que um mentor é útil em todos os momentos, e esse é um dos principais valores da nossa empresa. Com frequência faço uso a frase ‘se cheguei até aqui foi porque me apoiei nos ombros de gigantes’, de Isaac Newton, porque acredito muito em aprender com as experiências dos outros”, finaliza Marzola.

Sérgio dal Sasso
www.nodepano.com.br (Empresa Textil)


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