Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Varejo e as redes sociais

Fonte: Gs&MD Autor:Luiz Goes
Hoje em dia, falar sobre redes sociais começa a se tornar lugar comum. Mas falar sobre ações efetivas que utilizem essa ferramenta e produzam resultados palpáveis ainda é algo muito distante.
Todas as empresas, em especial aquelas que possuem relacionamento direto com o consumidor final, sabem que devem possuir um canal que permita responder rapidamente aos elogios, às críticas e às sugestões que circulam em velocidade quântica pela Internet. Essa lição de casa já foi passada e boa parte das empresas já começa a incorporar esses processos de relacionamento. Mas será que isso é o suficiente? Durante a realização da
última edição do Congresso da NRF – National Retail Federation, no mês de janeiro, em New York, foram apresentadas algumas utilizações muito interessantes e inteligentes no que diz respeito às redes sociais.
A primeira foi apresentada pela rede brasileira Magazine Luiza que criou a loja Magazine Você para ser instalada
seja no Orkut ou no Facebook e que permite que pessoas bem relacionadas revendam produtos que são ofertados pela varejista e recebam comissões que podem chegar a 5% do preço de venda do produto. Inicialmente incubada entre os funcionários da empresa, agora a ferramenta ganha o campo virtual destas duas redes.
Outra ferramenta interessante, e que já vem sendo utilizada por grandes redes americanas, utiliza fundamentalmente o Facebook e permite a criação de subcomunidades que possuem interesses comuns e
todos estes ligados a alguma rede varejista.
O primeiro exemplo é a utilização desta ferramenta pelo Walmart, que permite aos internautas, de casa ou através de seus dispositivos móveis, que se incorporem em redes formadas por usuários de uma mesma loja, que pode ser a mais próxima de sua residência ou local de trabalho ou então aquela que ele mais visita. Uma vez nesta rede, ele pode, por exemplo, perguntar se alguém daquela comunidade virtual já comprou uma determinada promoção que está sendo ofertada e qual a opinião. Da mesma forma, ele pode perguntar de casa, se alguém sabe a que preço está sendo vendido na loja um determinado produto. Por trás de todo este processo de comunicação está a própria rede que pode simplesmente acompanhar ou até interferir no conteúdo que está sendo postado.
Outro exemplo interessante vem sendo utilizado pela rede de drogarias Rite Aid. Através do acompanhamento de suas vendas, a rede pode identificar quais os tipos de produtos mais vendidos em alguma loja ou em alguma região. O exemplo mostrado apresentou o levantamento da rede na identificação da venda de produtos ligados
à diabetes, por sinal uma das preocupações de saúde atuais naquele país. Uma vez identificadas as áreas de maior incidência de vendas, utilizando a mesma ferramenta de criação de micro comunidades, podem ser geradas ações ligadas a campanhas sociais sobre o tema, bem como promocionais ligadas à venda de produtos ou serviços.
Quando a Internet chegou, a pergunta era: como vamos vender utilizando o mundo virtual? O aprendizado foi doloroso, pois gerou a famosa bolha; mas deixou como legado o caminho por onde desenvolver o e-commerce que hoje já se sustenta, muito embora ainda em processo de desenvolvimento. Com as redes sociais o fenômeno se repete. Ainda estamos engatinhando e buscando a melhor forma de monetizar esta realidade que hoje
ainda é mais fantasiosa do que prática.
O certo é que as redes sociais, sejam neste formato ou mesmo em outro derivado do atual, vieram para ficar e estão mudando o relacionamento dos consumidores com marcas, canais e produtos. Muitas tentativas e erros ainda vão ocorrer, mas o caminho vai se delinear aos poucos e é preciso monitorar tais experiências e saber aproveitar aquelas que mais se relacionam com o seu negócio. O fundamental é não desprezar este efeito e daqui
a algum tempo ficar lamentando como alguns ainda hoje fazem por não terem dedicado maior atenção ao e-commerce.

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