Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bom humor melhora o ambiente e a produtividade!

Fonte: Canal RH
Autor: Anderson Silva

Pesquisa da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, com 500 colaboradores de uma empresa de teleatendimento, mostrou que o estado de espírito dos atendentes ao iniciar a jornada de trabalho impacta diretamente no desempenho ao longo do dia. Segundo os pesquisadores, se o dia começa bem e o colaborador está de bom humor, ele produz mais e melhor. O resultado indica que o mau humor também merece atenção das empresas, que não podem relegar o problema ao plano pessoal dos colaboradores.

O psicólogo clínico e doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Julio Peres, explica que a felicidade é um estado complexo e particular, mas há empresas cujos departamentos de Recursos Humanos desenvolvem técnicas e até mesmo índices para avaliar o nível de felicidade dos colaboradores e descobrir quais as melhores práticas para reduzir a infelicidade no ambiente de trabalho.

“O estado subjetivo chamado de felicidade abrange um conjunto dinâmico de vivências: os prazeres fugazes, tais como uma surpresa agradável, almoçar, ouvir uma música, etc.; os prazeres mais duradouros, relacionados com a satisfação com a vida e envolvendo o relacionamento diário com família, trabalho e amigos; e o bem-estar perene, compreendendo estilo de vida, gratidão, motivação, contentamento íntimo, propósito e significados amplos para o dia-a-dia.”, explica.

Para o especialista, o primeiro passo para uma empresa promover a felicidade entre seus colaboradores é traçar um diagnóstico para identificar os motivos pelos quais eles não se sentem motivados e estão infelizes com o trabalho. A partir daí, são necessárias iniciativas que promovam a melhoria da qualidade de vida desses profissionais no ambiente corporativo. Algumas ideias são incentivar a prática de esportes e oferecer atividades relaxantes, como massagem, ou alternativas, como ioga e meditação.

Gestão participativa

A Gazin, empresa paranaense de vendas no varejo, adotou a gestão participativa, com um canal aberto entre os funcionários e a diretoria, de forma que eles possam sugerir mudanças que consideram relevantes, explica a gerente de RH, Viviane Thomaz. “Com isso, os profissionais se engajam nos processos produtivos, com sentimento de que também são donos do negócio e não há nada mais produtivo do que gente feliz”, diz.

Para Viviane, manter relacionamento próximo e acolhedor é fundamental para identificar os motivos do mau humor do colaborador. Ela acredita que “ninguém tem humor negativo de graça” e que é importante ouvir o que a pessoa tem a dizer. “Isso faz com que provoquemos o desejo do colaborador em mudar e consigamos um compromisso dele nesse sentido”, acrescenta.

A Almaviva do Brasil, empresa de telemarketing, também promove ações motivacionais propostas pelos próprios colaboradores. Entre elas figuram as campanhas de premiação pontuais e sessões de massagens, informa o diretor de Recursos Humanos, Wagner da Cruz. Para ele, o respeito ao outro é fundamental e pequenas ações são eficazes para melhorar o humor do colaborador. Um exemplo de atitude para promover o melhor clima na empresa é ouvir as pessoas e dar feedbacks de forma adequada, preparada e estruturada, visando sempre a motivação e a busca do aprendizado.

Ele ressalta que o bom humor ajuda as pessoas a superarem os desafios. “Pessoas bem humoradas, de maneira geral, vivem melhor, pois estão mais preparadas para superar os desafios que a vida coloca, enxergando-os como oportunidade de aprendizagem, desenvolvimento e superação, e não apenas como obstáculos difíceis de serem ultrapassados”, resume.

Nas duas companhias, a participação dos colaboradores nas decisões da empresa sobre as ações que os afetem é o que resulta em maior satisfação. Para Sidnei Batista, sócio-diretor da Ecos – Educação Corporal e Saúde, essa participação é essencial, pois ações motivacionais só surtem efeito se o colaborador perceber que elas realmente são em seu benefício. “Qualquer ação pode ser motivadora para as pessoas, com enorme impacto na produção, desde que elas a vejam como algo significativo”, diz. E os colaboradores que trazem o mau humor de casa? Nestes casos, Batista sugere uma intervenção cuidadosa por parte da empresa. “Isso tem que vir com convites do tipo ‘tenho feito aulas de ioga e percebi que me sinto melhor. Você gostaria de ir comigo um dia desses e ver se gosta?’”, exemplifica.

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