Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O varejo e o apagão de imóveis

Fonte: Marcos Hirai

Para muitos varejistas, planejar a expansão da sua rede, seja por franquias ou lojas próprias, passa por um grande dilema: o atual cenário, com a alta dos aluguéis e das luvas comerciais, trará rentabilidade para as novas operações?

Com o aquecimento da economia, o varejo sofre com mais um dos apagões próprios do crescimento – além da já crônica falta de mão de obra qualificada, nos últimos anos os varejistas sofrem com a baixa oferta de imóveis para locar. Em todo o Brasil os imóveis de rua e as lojas nos shopping centers estão escassos. Consequentemente, dentro da lei da oferta e procura, os valores dos alugueis estão muito mais altos que há dois anos. Em alguns casos, custam o dobro.

Igual situação ocorre com os valores dos pontos comerciais (ou das luvas), que quase triplicaram nos últimos três anos. Isso faz com que um bom ponto comercial seja locado em questão de dias, provocando quase um leilão em que quem paga mais leva. Quem vende acaba sendo atraído por essa situação e pede um valor alto, sabendo que, mesmo acima do praticado na região, existem lojistas dispostos a pagar, dada a escassez de oferta.

Diante disso, planejar a expansão envolve fazer muitas contas, pois o investimento ficou muito maior, bem como o custo de ocupação. O prazo para a busca de um ponto comercial também aumentou e, muitas vezes, compromete seriamente o plano de expansão, pois muitos varejistas não têm conseguido encontrar a localização ideal, com custos viáveis, no prazo almejado. Praticamente todos têm planos de expansão para os próximos anos, mas grande parte deles, já temendo as dificuldades em encontrar os locais ideais, está revendo suas metas. Calcula-se que 80% dos varejistas não conseguirão cumprir suas metas de expansão devido à falta de bons locais para novas unidades.

Existem hoje cerca de 60 shoppings em construção neste país e cerca de 80 projetos em curso. A solução para atender a demanda varejista estaria aí? Em parte sim, mas muitos desses novos shoppings estão localizados em cidades médias e pequenas (os altos custos e a escassez de terrenos têm dificultado a construção de empreendimentos nas cidades grandes) e, pelo porte e características, têm deixado grande parte dos varejistas cautelosos, pois existem dúvidas em relação ao sucesso desses empreendimentos. Os últimos shopping centers abertos no país têm reforçado a posição de cautela dos varejistas, pois 90% deles “ainda não pegaram”, passados os primeiros dois anos de atividades.

É... A vida do varejista não tem sido fácil, mesmo com tantas oportunidades que se vislumbram.

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