Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fusão Pão de Açucar x Carrefour

Fonte: Valor econômico

A união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour afetaria menos da metade das cidades brasileiras onde as duas redes estão presentes, permitiria o envio de produtos brasileiros para o exterior e diminuiria os custos das duas empresas, o que poderia levar a redução nos preços aos consumidores. Esses argumentos devem ser levados ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e fazem parte de um estudo preliminar sobre os efeitos da fusão à concorrência. A análise foi feita por especialistas contratados pelas consultorias financeiras que atuaram na modelagem da fusão. Uma vez fechado o negócio, eles pretendem alegar aos conselheiros do Cade que a união não vai representar uma redução das três principais redes de supermercados para duas, restando apenas o Walmart como forte competidor.

Esse ponto é crucial, pois, nas fusões e aquisições em que o órgão antitruste verificou essa redução de três para duas, as empresas sofreram restrições em seus negócios ou mesmo tiveram a operação reprovada. Segundo a análise feita pelos especialistas, o Walmart é um concorrente "forte o suficiente para manter os preços em nível baixo". Mas eles vão além e dizem que "a expansão de concorrentes já instalados é plausível e provável no curto prazo". Assim, outras redes têm capacidade para crescer e fazer frente a uma possível fusão entre dois dos líderes do mercado brasileiro.

A análise preliminar diz que o Pão de Açúcar e o Carrefour dividem lojas em 70 municípios, menos da metade das 180 cidades em que ambos atuam. Em 25 cidades a concentração de mercado seria superior a 50%. Outra alegação é a de que a maioria dos fornecedores não depende exclusivamente de Carrefour ou do Pão de Açúcar para vender os seus produtos. As duas redes respondem por menos de 3% das vendas da Ambev e menos de 7% das vendas da Nestlé. Esse cenário seria o mesmo para a maioria dos fornecedores do Pão de Açúcar. Ele demonstraria que os fornecedores têm diversas alternativas para escoar os seus produtos e dependem pouco das duas grandes redes.

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