Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Há estratégias para mudar de carreira, mas é preciso coragem

Fonte: Canal RH
Autor: Daniela Lessa

Os rumos das carreiras, assim como os da vida pessoal, podem ser imprevisíveis. Não importa se a transição para uma nova área corporativa foi uma decisão do profissional ou foi motivada por contingências externas; o fato é que para mudar, é preciso ser capaz de fazê-lo e isso requer o desenvolvimento de estratégias que garantam a harmonia durante o processo. Uma atitude recorrente é fazer cursos de especializações, MBAs e, eventualmente, uma nova graduação.

Um exemplo de carreira sinuosa, mas bem-sucedida, é a de Priscila Picholari Mingues, que assumiu recentemente a Gerência Administrativa do escritório Villhena Silva Advogados, especializado em Direito da Saúde. Ela é formada em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual e Multimídia, pela Universidade de Guarulhos; pós-graduada em Marketing, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; e com uma especialização em Marketing Jurídico, pela Fundação Getulio Vargas.

Embora seus caminhos pareçam tortuosos, a explicação de Priscila põe um eixo em todo o currículo. “A faculdade de Design capacita muito tecnicamente, mas senti falta de uma visão do todo e por isso fiz a especialização em Marketing; até para saber me colocar no mercado.” A especialização na área jurídica ocorreu depois que ela já estava contratada pelo escritório em que trabalha e teve, inclusive, o apoio financeiro dos empregadores. O objetivo era preparar a profissional para a função que surgiu a partir do crescimento do escritório.

Na avaliação de Priscila, sua transição de carreira foi, em parte, motivada pelas contingências externas; mas também por sua própria vontade. “Sempre senti a necessidade de uma visão mais ampla do trabalho; gosto de Design, mas hoje sei muito melhor como esse trabalho impacta em uma companhia”, ressalta.

A coach Priscilla de Sá, da Sociedade Brasileira de Coaching, acredita que eventualmente as pessoas são levadas por contingências profissionais inesperadas, descobrem novos talentos e competências e o processo resulta em um final feliz, mesmo que o planejamento inicial não contemplasse a alternativa que se tornou realidade. O problema é que muitas vezes esse final feliz não ocorre na carreira de quem se deixa levar, cujo caminho acaba entrecortado e sem convergir para um nicho de conhecimento específico.

Caminhos

Priscilla de Sá defende que o importante em um processo de transição de carreira é a definição prévia de objetivos e a projeção de metas adequadas a esses objetivos. Ela destaca que os MBAs, tão em voga, são especializações em negócios e devem ser feitos por pessoas que têm interesse em obter uma visão mais gerencial, comercial da sua área. “MBA é adequado para um médico que quer montar sua clínica ou que assumiu ou pretende assumir a Gerência de um hospital”, exemplifica e adverte: “Fazer MBA sem ter esse desejo de gestão, só pelo título pomposo, é um investimento alto de dinheiro e de tempo, mas inadequado; às vezes, é melhor admitir que foi feita uma má escolha no início da carreira e começar uma nova graduação”.

Ela ressalta, ainda, que a estratégia de usar esse tipo de formação complementar para esquentar’ a carreira e não ‘perder’ o conhecimento adquirido na graduação é um equívoco, porque nenhuma formação subsequente compensa uma graduação feita sem interesse.

Caso de planejamento bem feito, por outro lado, é o da portuguesa Maria João da Silva, que depois do licenciamento em Gestão se especializa no ramo de Consultoria de Imagem. “A maioria das pessoas se forma em Engenharia, Arquitetura etc. e depois faz MBAs em Gestão, fiz o contrário, primeiro gestão e, depois de amadurecida a ideia, especializei-me em uma área”, observa.

A estratégia de Maria João começou com o auxílio da coach Priscilla, enveredou por pesquisas sobre gostos e interesses pessoais, mercado, concorrência, etc., continua, com a especialização, por meio da matrícula em um curso profissional na área e no processo de constituição da empresa própria. Ela continua do emprego atual, mas afirma que será por pouco tempo, até tudo estar minimamente organizado. Ela espera inicia o novo empreendimento ainda neste semestre.

Maria João destaca que o processo de transição de carreira não é fácil, mesmo para aqueles que sabem 100% o que querem, mas afirma que duas coisas são importantes: “Em primeiro lugar é saber que o caminho se faz caminhando e que qualquer trilha, pequena ou grande, começa sempre com um simples passo; e, em segundo, é que pior do que uma má decisão é não tomar decisão alguma”.

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