Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras
Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Virtualização no Brasil: qual o tamanho do mercado a ser explorado

Fonte: Meta Análise
Autor: Renato Porta

A virtualização ficará com uma boa fatia dos investimentos em TI para 2011, à medida que crescer o amadurecimento e a confiança quanto à instalação da tecnologia.

Não há dúvidas de que, globalmente, a tecnologia de virtualização, capaz de potencializar a capacidade de processamento dos servidores de rede, já se popularizou no ambiente corporativo, tendo ainda muito a crescer nos mais diversos perfis e tamanhos de empresas. Previsões do Gartner apontam que 55% de toda a nova carga de trabalho no mundo será feita em servidores virtuais neste ano, contra 40% em 2009. Em relação às cifras, a consultoria calcula que o mercado mundial de virtualização vai chegar a US$ 4,2 bilhões em 2013 e se, as projeções se confirmarem, a movimentação em 2010 será de US$ 2,1 bilhões.

Mas e o Brasil, como está caminhando na adoção desta tendência que, globalmente, tem se mostrado irreversível? Bem, felizmente já podemos afirmar que por aqui a virtualização está cada vez mais perdendo o status de tendência para ser vista como realidade.

Obviamente, essa movimentação tem mais força entre as grandes corporações, mas já se percebem avanços também no segmento PME. A disponibilidade de produtos gratuitos, como o VMware Server e XEN (open source), entre outros, mesmo que com funcionalidades limitadas em comparação às versões pagas, facilitam a experimentação da tecnologia e ajudam a quebrar as resistências.

Promover o conhecimento sobre a virtualização e seus benefícios talvez seja o maior desafio a ser superado no mercado nacional. O suporte de mais de 90% de servidores em uma solução virtualizada é outro fato que tem contribuído significativamente para alavancar a tecnologia.

Para se ter uma ideia, o Brasil já representa atualmente aproximadamente 55% do volume de vendas da VMWare na América Latina. Empresas dos segmentos de Finanças, Governo, Telecomunicações e Data Centers são as que mais têm puxado esse movimento, mas, conforme dito anteriormente, a adoção vem gradativamente se espalhando para outras indústrias, inclusive entre as PMEs. Dados de mercado indicam que o volume de vendas da VMWare na América Latina corresponde a cerca de 5% do montante mundial, revelando o quanto ainda há de espaço para crescimento da tecnologia entre as empresas brasileiras.

Ou seja, a virtualização ficará com uma boa fatia dos investimentos em TI para 2011, à medida que forem crescendo o amadurecimento e a confiança quanto à instalação da tecnologia. Hoje já se nota no mercado que a aceitação aos servidores virtualizados vem crescendo inclusive para aplicações críticas, como as de ERP. O amadurecimento da tecnologia de virtualização dá garantia às empresas de que o nível de proteção é alto.

E por que, afinal, a virtualização é tão atrativa assim? Quais os benefícios concretos? Economia de recursos é, possivelmente, a resposta mais completa para a questão. Não podemos nos esquecer de que cada servidor possui sua fonte de alimentação própria. Num ambiente de virtualização, o número de servidores de uma companhia cai incrivelmente, uma vez que a tecnologia consolida e centraliza aplicações, tirando o máximo de aproveitamento dos recursos existentes.

Assim, economiza-se com aquisições futuras de hardware, refrigeração e energia elétrica. A forma de se fazer back up, algo sempre preocupante e custoso para a área de TI, também é otimizada em um ambiente virtualizado.

E então, é ou não um bom negócio apostar na tecnologia de virtualização? As empresas que optaram por essa iniciativa não se arrependem...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mundo Corporativo: Tubarões Juniores

Fonte: Canal RH
Autor: Julio Caldeira


O Perfil dos Valores dos Brasileiros (PVB), realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), levantou quais as maiores preocupações que rondam a cabeça dos brasileiros, representados por 4 mil entrevistados em todo o País. Os tipos motivacionais propostos como parte da metodologia do estudo – entre eles benevolência, conformidade, tradição, segurança, poder, realização, hedonismo, estimulação, autodeterminação e universalismo – teriam de ser classificados com uma nota, de um a dez, que corresponderia a sua importância na vida de cada um. A boa notícia foi constatar que a benevolência – entendida na pesquisa como “honestidade, sinceridade, disposição de perdoar aos outros, ajuda, não-rancoroso, amizade, responsabilidade e lealdade” – recebeu nota 8,8; enquanto que o e o universalismo – compreendido como “tolerância, igualdade, proteção ao meio-ambiente, justiça social, mente aberta, harmonia interior, preocupação com os mais fracos, não à guerra e aos conflitos, e sabedoria” – tirou 8,5.

No entanto, quando divididos por gênero e faixas etárias, os diferentes grupos apresentaram suas particularidades. Uma delas está relacionada aos homens mais jovens que, diferentemente das mulheres e das pessoas mais velhas, são, segundo a pesquisa, “os menos autotranscendentes, isto é, são os indivíduos para os quais os valores de benevolência e universalismo importam menos nas suas vidas.”

Diante desse resultado, o Canal Rh fez a seguinte pergunta: Por que a maioria dos cargos de liderança e gestão é ocupada por homens jovens se, segundo mostrou a pesquisa do PNUD, são eles os que tendem a pôr seus objetivos pessoais (autopromoção) na frente do bem-estar geral (universalismo)? Procurados pela reportagem, psicólogos e especialistas em administração de empresas analisaram essa relação.

Egotrip juvenil

O primeiro aspecto levantado foi que, talvez, o ponto de reflexão não diga respeito às prioridades dos jovens – independentemente do gênero –, mas sim o imediatismo da juventude ocupando posições, no mundo corporativo, onde deveriam prevalecer a experiência e a sabedoria. “Dos 21 aos 35 anos, mais ou menos, o jovem está num momento em que a sua personalidade precisa se pôr no mundo”, analisa a psicóloga Andréa Mele de Mello Peixoto, consultora empresarial e professora da Escola de Negócios e Direito da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. “As perguntas que o indivíduo se faz nesse período são: ‘Como eu vivencio o mundo?’ ‘Como eu organizo o mundo?’ Isso é esperado para essa faixa etária. Daí a busca por esse prazer egoísta, por apreender a viver em si mesmo.”

A especialista acrescenta ainda que, no caso dos rapazes, essas características ganham contornos ainda mais fortes. “Eu entendo que exista uma predominância masculina [entre os que citaram a autopromoção na pesquisa] porque isso é próprio do masculino”, afirma. “A força é viril. O arquétipo masculino é usar a força. E, embora algumas mulheres acolham também esse perfil, ele não é próprio delas. E, em minha opinião, [quando fazem isso] elas acabam perdendo que têm de melhor, ou seja, o feminino, o jogo de cintura, a flexibilidade e a composição, no lugar da reação.”

Preço alto

De acordo com a visão da psicóloga, o gerente de Marketing e Produtos da Lewa Bombas Ltda. – multinacional alemã fabricante de bombas hidráulicas – Anderson Cruz, 27 anos, está em consonância com seu momento de vida. Embora não se considere exatamente um individualista, o jovem confessa que sua principal preocupação no momento é alcançar uma condição melhor de vida em termos financeiros. “Não que eu abra mão de questões como família ou até mesmo de temas ligados à responsabilidade social, como o meio ambiente”, explica o rapaz. “Mas meu foco é na construção de uma base sólida para um futuro melhor para mim e para as pessoas que me cercam.” Solteiro e dividindo seu tempo entre o trabalho e os estudos, Anderson conta que não sobra muito espaço na agenda para incluir o mundo no seu rol de preocupações. “Eu trabalho de 10 a 12 horas por dia e depois vou para a pós-graduação à noite. E estou nesse ritmo desde a época da faculdade.”

No entanto, para o coaching e professor da escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV) João Baptista Brandão, é preciso cuidado antes de optar pelo futuro em detrimento do presente. “Daqui a dez, 15 anos, a fatura chega”, alerta Brandão. “Ou seja: coisas como a depressão, o uso de drogas, enfim, aquele executivo que está com a vida arrebentada.” O professor conta que costuma ouvir de alunos alunos planos de trabalhar incessantemente agora a fim de ter tempo no futuro. “Eu perguntei para um deles: Ter tempo para quê?”, conta o professor. “Ele me respondeu: Para cuidar da minha namorada, para ter filhos. Eu lhe disse que naquela altura ele não teria mais a namorada para ter os filhos.”

Rinha de galo

Segundo Brandão, porém, o furacão individualista no qual o homem se vê nessa fase da vida pode não ser exatamente uma escolha. “O que essa pesquisa pode estar sinalizando é que o jovem, o homem jovem, está falando que busca autopromoção, mas isso não quer dizer que ele não tenha outras demandas”, avalia. “É que essas, num ambiente corporativo, parecem revelar características desse jovem que não são muito valorizadas lá dentro.” Para o professor, é como se às vezes uma empresa contratasse “somente uma ou duas facetas de uma pessoa”, diz referindo-se a características como um perfil competitivo e uma agenda permanentemente disponível. “E com o resto ela que se vire, deixe lá fora”, comenta. “Logo, para se adaptar, ele passa por esse funil e mostra só que a empresa quer.”

Seria preciso, então, ficar alerta ao fato de que essa “geração da autopromoção” tem ocupado cada vez mais os cargos de liderança ou aos modelos de gestão das organizações, que acabam criando esses tubarões? “O grande problema é que as empresas estão transformando o jovem em líder”, responde professor. “E aí está o equívoco. Ele ainda não tem tempo nem preparo suficientes para isso. E eu vejo que as consequências disso são perigosas, porque essas pessoas passam a ser cobradas a apresentarem resultados de curto prazo. De modo que é difícil imaginar que, nesse ambiente, sejam contempladas coisas como alegria e compartilhamento.”

Brandão dá como exemplo, uma situação que ele considera caricata. “A empresa diz para o seu gerente que ele precisa dar mais retorno para sua equipe. Mas, na verdade, essa mesma empresa não o remunera por isso, e sim pelas metas atingidas. E depois de atingir uma, ele continua cobrado para continuar.”

A psicóloga acrescenta: “As empresas estão extremamente competitivas. Costumo dizer aos alunos que elas trouxeram para suas dependências a rinha de galo: só termina quando um vence – só que para isso o outro tem de morrer.” Segundo Andréa, sendo assim, “como um gestor consegue pensar no outro [numa outra pessoa] – ou seja, cuidar, confiar, desenvolver – se a todo o momento ele sofre uma pressão descabida para gerar um lucro que não tem fim?”.

Poder e controle

Thiago Fernandes, de 28 anos, gerente de Gestão e Planejamento do Instituto Confúcio, não tem reclamações a fazer sobre seu trabalho, mas admite que, de fato, o ritmo do seu dia a dia é acelerado. “Não raro temos que trabalhar em casa ou nos finais de semana”, conta o jovem. A instituição é resultado de um convênio entre a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e o governo chinês, e é voltada ao ensino da língua chinesa, à divulgação da cultura e da história da China e ao fortalecimento do intercâmbio cultural e acadêmico entre os dois países.

Apesar das muitas funções, a estrutura, segundo Thiago, é enxuta. “Ou seja, falta tempo de pensar nessas questões mais sociais”, argumenta o jovem. “Então, na medida do possível, eu tento ajudar aqueles que estão próximos de mim, aqui no trabalho, os amigos. Mas eu ainda estou precisando me ajudar muito.” O rapaz conta que se esforça para manter o ambiente no escritório o mais descontraído possível. Para ele, essa é uma forma de humanizar as relações no trabalho. “Até por conta de ser jovem, eu não imponho barreiras”, diz. “Não me ponho numa posição diferente. Então, a gente conversa, inclusive sobre bobagens, em momentos de descontração. E tem as horas sérias também, quando eu preciso vestir a armadura e assumir o papel de quem representa pensamento da empresa.”

Sobre os valores que assinalaria se tivesse sido procurado pela pesquisa do PNUD, o jovem gerente admite: “Autopromoção, realização e poder são importantes para mim. Não seria hipócrita de dizer que não. Poder é uma coisa que enche os olhos de todo mundo. Poder é controle.”

Promoção e Ideias: Peixe Urbano bate recorde com oferta do Big X Picanha

Fonte: Redação Meta Analise

Promoção que ofereceu 71% de desconto em Sanduíche + Petit Gâteau, de R$ 26,80 por R$ 7,90, atraiu mais de 30.500 clientes para a rede em apenas 24 horas.

O Peixe Urbano (www.peixeurbano.com), site brasileiro de compras coletivas, bateu o recorde de vendas entre todas as ofertas realizadas desde a primeira promoção, em março deste ano.

A oferta do dia 29 de outubro, de 71% de desconto em Sanduíche + Petit Gâteau de até R$ 26,80 por R$ 7,90, atraiu mais de 30.500 clientes para a rede Big X Picanha em apenas 24 horas, e proporcionou uma economia de cerca de R$ 570 mil para os usuários do Peixe Urbano na capital paulista.

“Estamos muito contentes com o enorme sucesso da promoção e ansiosos para receber a nova clientela. A nossa expectativa é conseguir fidelizar grande parte desses novos clientes”, comemora Hélio Poli, um dos sócios do Big X Picanha, rede que foi inaugurada em 2000, atende mais de 130 mil pessoas por mês em São Paulo e se prepara para expandir sua atuação em outros estados.

Segundo Julio Vasconcellos, sócio fundador do Peixe Urbano, "esse número demonstra a grande receptividade dos consumidores brasileiros ao conceito de compras coletivas e o poder que esta ferramenta tem como forma de divulgação e marketing para os estabelecimentos locais".

Outros exemplos de promoções de sucesso incluem ofertas com a BlockBuster Online, que conquistou mais de seis mil novos clientes em quatro cidades; com o restaurante Era uma vez um Chalezinho..., que atraiu cerca de sete mil pessoas e gerou uma economia de aproximadamente R$700 mil para os consumidores paulistanos em 24 horas, e com a rede Yoggi, no Rio de Janeiro, que vendeu mais de de 23 mil frozen yogurts em apenas 24 horas.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

VAREJO - ECOMMERCE: Balanço do 1º semestre de 2010

Fonte: Universo Varejo
Jornalista: Roberta Reis

Resumo do cenário do comércio eletrônico no 1º semestre de 2010.

• O e-commerce brasileiro cresceu 40% no 1º semestre se comparado ao mesmo período de 2009, atingindo faturamento de R$ 6,7 bilhões e tíquete médio de R$ 379. Para o fechamento de 2010, a expectativa é que o faturamento deva chegar a R$ 14,3 bilhões.

• Até o primeiro semestre de 2010, foram 20 milhões de pessoas que compraram pela internet ao menos uma vez. Até o final do ano, esse número deverá alcançar 23 milhões.

• As categorias de produtos mais vendidas no 1º semestre do e-commerce em 2010 foram: Livros e Assinaturas de Revistas e Jornais, Eletrodomésticos, Saúde, Beleza e Medicamentos, Informática e Eletrônicos.

• A Copa do Mundo alavancou o faturamento no 1º semestre de 2010 com a venda de TVs de tela plana e Artigos Esportivos.

• O e-consumidor está cada vez mais seguro e confiante em realizar compras via web. O índice de satisfação dos consumidores brasileiros com o comércio virtual atingiu 86% no primeiro semestre.

• Cerca de 55% dos e-consumidores que fizeram uma compra pela internet proveniente de uma rede social são mulheres.

• Quando se diz respeito à idade, os compradores provenientes de redes sociais são, em média, 7 anos mais jovens que os compradores do mercado: 34 contra 41 anos.

• Quando analisamos as categorias preferidas dos e-consumidores provenientes de redes sociais, Moda e Acessórios aparece como destaque, com cerca de 20% do volume transacional.

• De acordo com dados levantados na Pesquisa de Resistência a Compra, dos e-consumidores que visitaram sites e decidiram não comprar nenhum produto, 62% disseram ter consultado preço, valor do frete ou o custo total do produto, além de ter procurado por promoções e descontos.

• Dos entrevistados, 86% disseram que apenas olharam alguns itens e saíram da loja, não chegando a começar o processo compra. Já 14% disseram que deram início ao processo de compra, mas acabaram não concluindo o procedimento.

A força dos Modelos Mentais

Autor: Nelson Tanuma
Fonte: www.nelsontanuma.com.br

Embora os modelos mentais possam parecer abstratos e inconseqüentes, e, freqüentemente sejam deixados de lado como se fossem meras ilusões de ótica, shows de mágicas ou meras curiosidades acadêmicas; a bem da verdade, nossos modelos determinam a qualidade e o rumo de nossas vidas gerando implicações de lucros e perdas financeiras, e até mesmo de vida e morte.

Os ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001, levados a efeito por jovens e brilhantes profissionais de classe média, com futuros promissores, que muito embora não se encaixassem no estereótipo dos jovens terroristas de olhos esbugalhados e aterrorizantes que se tornam homem-bomba, certamente foram doutrinados e levados a acreditar que após morrerem pela “nobre causa”, receberiam como prêmio, as 72 virgens que são prometidas aos homens-bomba que vivem no Oriente Médio.

A expressão modelos mentais são os pressupostos usados para descrever os processos cerebrais que usamos para dar sentido ao mundo que percebemos através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Trata-se de nossas percepções acerca da forma como percebemos o mundo que nos cerca. O conjunto de paradigmas associados forma os nossos Mapas ou Modelos Mentais. E importante que saibamos, porém, que o mapa não é o território.

Cada ser humano possui dentro de sua mente vários mapas, que podem ser de dois tipos: mapas do modo como as coisas são e mapas de como as coisas deveriam ser .

É importante ressaltar que a maneira como vemos o mundo resultam em nossa forma de pensar e agir. Existe uma grande diferença entre a visão e a percepção e a maior parte do que vemos está apenas em nossa mente.

Isso ocorre, especialmente, nas organizações emperradas e corroídas pela ferrugem da mentalidade da era industrial, onde o processo de deterioração começa na parte mais alta da pirâmide, os tomadores de decisões. .

John Gardner afirmou com acerto que: "A maioria das organizações com problemas desenvolveu uma cegueira funcional em relação a seus defeitos. Elas sofrem não porque não sejam capazes de resolver seus problemas, mas porque não podem vê-los”.

Os modelos mentais funcionam como, a argila que antes de sofrer o processo de secagem pode ser transformada em uma bela e valiosa obra de arte, ou apenas um amontoado de massa feia e disforme. Assim, os modelos mentais possuem a capacidade de moldar todos os aspectos de nossa vida; de forma que se sua carreira encontra-se emperrada e estagnada como se fosse um lago de água parada e salobra, e não consegue deslanchar, ou, se sua empresa ou organização não cresce, existem ai dois motivos que podem estar impedindo o avanço: - ou existe um modelo preexistente que está impedindo o avanço - ou o modelo existente já está ultrapassado e enferrujado, precisando de um novo modelo ou uma nova porta que possa proporcionar oportunidade para o crescimento e desenvolvimento contínuos.

Se não conseguirmos quebrar os paradigmas paralisantes e ultrapassados, não poderemos jamais achar esses novos caminhos; de nada adianta ficarmos copiando ou perseguindo a concorrência, contagiados pela “síndrome do bombeiro” que vive diuturnamente apagando pequenos incêndios nas suas vidas. Daí a importância de darmos asas à criatividade.

O uso da criatividade pode você à descoberta de novos caminho. Sabemos que quando usando a criatividade a acabamos por fazer novas descobertas; e tudo que é novo nos assusta. Pesquisas realizadas por psicólogos mostram que as pessoas têm mais medo de encarar o novo do que o próprio medo da morte. Daí vem a lição do escritor Robert Frost quando fala das escolhas da vida: “Duas estradas bifurcavam-se a certo ponto, em uma floresta e eu, eu resolvi tomar a menos trilhada e isso... isso fez toda a diferença!”.

A criatividade é o caminho que pode levar à soluções inovadoras, que nos livra dos riscos de ficarmos atolado no lamaçal da vida ou de cairmos dentro da areia movediça, Einstein já dizia que insanidade nada mais é do que, fazer diariamente a mesma coisa da mesma maneira e ensejar obter resultado diferente.

As pessoas estão confusas, perplexas e paralisadas diante do excesso de informações, que nos chega em tempo real, e que são disponibilizados a todo instante pelos meios de comunicação de massa, especialmente pela Internet. É provável que essa confusão mental e estagnação se deva ao uso de modelos que não servem mais para entender e solucionar os problemas que surgem neste mundo rico em informações.

Se você necessita resolver qualquer problema físico que lhe incomoda, ou se os seus relacionamentos interpessoais não estão caminhando bem, lembre-se que os seus modelos mentais, bem como os do outros, podem ser a causa principal. Se você deseja contribuir para mudança da sociedade como um todo, você precisa, em primeiro lugar, começar a olhar para dentro de si, precisa se conhecer melhor, e dar o primeiro passo que é conhecer e mudar o seu modelo mental, procurando entender como funcionam os modelos mentais das pessoas que o cercam. Essa busca de entendimento fará desenvolver sua empatia, que é a competência mestra das relações humanas interpessoais.

Para realizar qualquer mudança positiva em sua vida ou organização, você precisa entender que os modelos mentais são o ponto chave de todas as questões; você deve questioná-los a todo instante.

O problema reside no fato dos modelos mentais serem coisas impalpáveis e invisíveis, como a gordura que se fixa nas paredes das artérias provocando o infarto que pode te levar à morte súbita, via de regra, temos pouca consciência do que são nossos modelos mentais e de como eles moldam a forma como vemos as pessoas, coisas e fatos, e de que maneira elas consolidam nossos hábitos, formam o nosso caráter e moldam os nossos destinos.

O importante é que você tenha a percepção de que toda mudança começa a partir de você, a partir da mudança de sua maneira de pensar, e que não existe outra de mudança positiva.

Quebre os paradigma que se fundamentam em preconceitos. Quebre os paradigmas capazes de paralisar seu crescimento como profissional e ser humano. Deixe de viver em função das expectativas do outros.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gestão: Os DEZ desafios do Varejo Brasileiro para os próximos anos

Autor: Daniel Zanco
Fonte: Universo Varejo


O último trimestre de 2010 marca os dois anos da mais recente crise econômica global. Os efeitos desta crise (a pior desde 29 para o mercado americano) parecem ter sido pequenos no varejo brasileiro, o que nos possibilita olhar para frente, projetando um cenário otimista - porém com ressalvas. Ao analisarmos nossas peculiares características e os acontecimentos e tendências desse mundo cada vez mais globalizado, DEZ desafios surgem:

1. Entrada de competidores internacionais – com as modestas (quando positivas) taxas de crescimento dos países desenvolvidos e as dificuldades de operar em alguns dos países em crescimento, que possuem culturas fechadas e economias desorganizadas, o Brasil cada vez mais aparece como a bola da vez. Muitos olham para o Brasil como a “nova America”, com uma população grande e disposta a consumir. Estes competidores chegam ao Brasil com potencial de investimento, força de marca, gestão profissional e sede de resultado. O desafio para o varejista brasileiro é fazer o fato de “jogar em casa” pesar a seu favor nesse momento.

2. Formalização – a nítida evolução dos sistemas de arrecadação e fiscalização do fisco brasileiro estão abrindo um caminho sem volta para a formalização de todas as operações varejistas. A ineficiência operacional não mais poderá ser compensada com pagamento reduzido de impostos e o empresário varejista que demorar para compreender isto será atropelado pelos mais rápidos e eficientes.

3. Cobertura Nacional – a crescente competitividade e busca pela eficiência fará com que as economias de escala sejam fundamentais para que os varejistas tornem-se mais fortes. Num cenário em que as maiores taxas de crescimento encontram-se em regiões do Brasil até ontem desconhecidas para muitos, a corrida para o atendimento nacional será inevitável. Como em qualquer corrida, quem largar na frente tem vantagem.

4. O apagão de mão de obra – a informalidade das operações, a ausência de planos definidos de carreira, as jornadas de trabalho desgastantes e as fracas (quando existentes) políticas de recursos humanos dos varejistas brasileiros criaram uma imagem em muitos empregados, de que o varejo é quase um sub-emprego ou uma ocupação temporária. Mudar essa imagem é fundamental para atrair novos talentos, reter os atuais e sustentar o crescimento.

5. A sucessão nas empresas familiares - O forte crescimento econômico das décadas de 50 (média de 7,1%), 60 (media de 6,1%) e 70 (média de 8,9%) deu oportunidade a inúmeros audaciosos empreendedores, que construíram impérios familiares na indústria e no varejo e que hoje, com idade elevada, enfrentam o desafio da sucessão. As novas gerações, por muitas vezes, apesar de mais tecnicamente preparadas não possuem a vivência do negócio, a visão dos riscos e a confiança de seus liderados. E isso pode ser um (grande) problema.

6. Preparação para o fornecimento global - Como dito por Thomas Friedman, o mundo é plano. E está ficando cada vez mais plano e menor. Nos próximos anos tornar-se-á impossível buscar novos fornecedores sem avaliar as possibilidades fora das fronteiras nacionais. A China será cada vez mais a “fábrica do mundo” como dito por Kotler e o varejista que não perceber isso, será engolido por seus concorrentes. As marcas próprias serão estratégicas para muitos negócios e o fornecimento internacional, em muitos casos, a única opção.

7. Uso intensivo da tecnologia – seja para monitorar os padrões de consumo dos clientes, para controlar a operação logística, para reduzir as filas no PDV, para analisar melhor o crédito, para comprar com mais precisão ou para reduzir gastos operacionais, a tecnologia, tanto em forma de sistemas ou equipamentos, será figura de destaque nos varejistas de sucesso nos próximos anos. O emprego eficiente da tecnologia será condição obrigatória para a obtenção da eficiência.

8. A agregação de valor – seja pela experiência de compra, pela comunicação, pelo entretenimento, pelos serviços ofertados ou pela força de marca, o varejista deverá buscar diferenciação para sobreviver no cenário competitivo dos próximos anos. Conveniência e produto tendem a ser diferenciais cada vez menos relevantes, num mundo globalizado de produtos tecnologicamente similares, vendidos em operações multicanais.

9. A concentração na indústria – O Brasil passa por um processo de consolidação em diversos setores da indústria, desde as de produtos financeiros às de bens de consumo. A menor quantidade de fornecedores dará a eles (indústria) aumento no poder de negociação (que hoje está muito mais com os varejistas) e oprimirá aqueles que não desenvolveram marcas próprias fortes, fornecedores globais e parcerias estratégicas.

10. Atuação multicanal – pode-se imaginar que a internet no Brasil já está muito difundida, mas o fato é que há ainda muito o que evoluir. Apesar de muitos navegantes, temos ainda poucos compradores, se nos compararmos com países desenvolvidos. Vender na web será, em algum tempo, pré requisito para sobreviver. Explorar bem todas as formas de contato com este novo consumidor extremamente dinâmico, informado, acessado e infiel, e estar onde ele quiser, da forma que ele quiser será indispensável.

Colocados os desafios, cabe a você - varejista brasileiro - usar essa enorme criatividade e capacidade de adaptação, para continuar crescendo e vencendo, neste varejo brasileiro ainda em maturação e cheio de oportunidades.

Pense nisso e boas vendas!

Perdedores honrados

Autor: Luciano Pires
Fonte: www.lucianopires.com.br

No final de 2006 a coisa estava preta nos EUA para a matriz da multinacional na qual eu trabalhava. Um aviso global foi disparado para que todas as operações apertassem os cintos. Um dos diretores brasileiros colocou em questão a comemoração de final de ano que havíamos cuidadosamente planejado para nossos 5 mil funcionários. Afinal, se era para apertar o cinto não poderia haver festa, não é?

Fui a voz dissonante na diretoria, a “oposição”. Meu argumento era que estávamos terminando um ano em que nossas equipes foram duramente exigidas e reverteram um cenário ruim, obtendo resultados excelentes. Era hora de celebração e não de anti-clímax. Para mim, o preço da festa era infinitamente menor que o valor negativo do cancelamento. Não adiantou, “eles” venceram e a festa dançou. Quando o presidente anunciou o cancelamento, uma voz interior me gritou: “Não aceita! Não aceita!”. Mas a decisão da maioria fora tomada e eu tinha que aceitá-la. Mais que isso: a partir daquele momento eu – como diretor da empresa – teria que defender a decisão diante dos funcionários. Coube a mim, como Diretor de Comunicação, redigir o comunicado explicando o cancelamento. Tive que me desdobrar numa ginástica verbal para tentar transformar a decisão negativa num ato positivo e necessário.

Lembrei-me dessa história assim que foi anunciado o resultado da eleição presidencial de 2010 no Brasil. Mais uma vez fui voto vencido. Não gostei do resultado, tenho preocupações com o futuro, mas... vivemos num regime democrático no qual é normal que as pessoas façam escolhas entre um lado e outro. É assim que funciona e, como bom soldado, aceitarei o resultado e contribuirei para a harmonia do grupo. O que não pode ser aceito – sob nenhuma hipótese - é a perspectiva de que um lado elimine o outro. E essa intenção foi demonstrada – até mesmo verbalizada – várias vezes durante a campanha.

Vencer é democrático. Exterminar, não é.

Num regime democrático os perdedores honrados aceitam a derrota e fazem sua parte para manter a harmonia do grupo. Mas jamais devem abdicar de sua existência. Muito menos resignar-se. Os perdedores honrados precisam cumprir o papel fundamental de fiscalizar, de apontar os erros e excessos. Isso se chama “oposição” e é exatamente o que legitima a democracia.

Um regime sem oposição para lhe encher o saco, não é uma democracia.

Aos vencedores honrados cabe ouvir os “nãos” dos opositores e contrapor seus argumentos. A convivência entre vencedores honrados e perdedores honrados é necessária e – mais que isso - benéfica para o país.

E é isso o que sinceramente espero, embora nunca antes na história deste país a palavra “honra” tenha estado tão por baixo...

Só pra terminar a história: os brasileiros – sempre mais realistas que o rei - foram os únicos que cancelaram a comemoração de final de ano. E o nosso cancelamento não teve qualquer repercussão junto aos “chefes” lá de fora. É claro que não perdi a chance de soltar um: “eu não disse?” na primeira reunião.

Não adiantou nada, mas pelo menos enchi o saco deles.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Novo player de compra coletiva chega ao mercado

Fonte: Redação Metanalise

O site Magote trabalhará com empresas dos mais diversos segmentos e oferecerá descontos de 50% a 90%. Meta do portal é dentro de cinco meses ser um dos cinco maiores deste setor.

Baseado no rápido crescimento do mercado de compras coletivas que a cada dia ganha novos adeptos, foi lançado o site Magote (magote.com), novo player deste segmento. Com uma forte estratégia, a meta é dentro de cinco meses ser uma das cinco maiores marcas deste setor.

Para cumprir com os objetivos traçados, o site trabalhará com empresas dos mais diversos segmentos e oferecerá descontos variando de 50% a 90%. Parte da estratégia, por outro lado, também está em estreitar o relacionamento com os seus parceiros, garantindo o repasse mais rápido e ágil do valor gerado pelas vendas.

Segundo Márcio Pascal, diretor executivo do Magote, o site deverá receber de 20 mil a 30 mil visitas diárias neste primeiro momento, sendo que, com este objetivo alcançado, a marca deverá expandir sua atuação para Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Salvador e Recife. Nesta primeira etapa o novo player atuará em São Paulo, Alphaville e ABC.

Ainda de acordo com Pascal, um dos motivos que levou a criação do site foi a rápida adoção do mercado por este modelo de compras virtuais. Segundo dados da consultoria IT4CIO, até o final de 2010 este segmento deverá reunir de sete a oito milhões de usuários, o que significa que em pouco mais de seis meses – desde quando o modelo de negócios chegou ao Brasil - aproximadamente 11% do total de 67,5 milhões de internautas brasileiros serão consumidores potenciais dos sites de compra online.

Num olhar mais amplo, considerando apenas o número de pessoas que acessam a internet diariamente - aproximadamente 36 milhões de internautas - esta estimativa sobe para 22%.

“Baseada nesta rápida expansão, uma de nossas metas é fechar novembro com 50 mil usuários cadastrados em nossa base de dados, sendo que em dezembro deveremos triplicar este número”, garante o executivo.

Efeito Dilma deve incentivar uma maior participação feminina nos postos de comando das empresas

Autor: Marina Gaspar e Lucas Toyama
Fonte: Canal RH


“Eu gostaria muito que os pais e mães de meninas pudessem olhar hoje nos olhos delas e dizer: ‘Sim, a mulher pode’”. A frase faz parte do primeiro discurso da ex-ministra Dilma Rousseff após a confirmação de sua eleição como a primeira mulher presidente da República no Brasil, ocasião na qual se comprometeu a honrar as mulheres do País para que o fato pudesse se repetir e ampliar em empresas e na sociedade como um todo. Segundo ela, “a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é um princípio fundamental da democracia”, disse a presidente eleita.

A eleição histórica de uma mulher para o posto máximo do País pode ser um sinal de que os avanços das mulheres em posição de liderança estão cada vez mais consolidados, mas também é o momento para que as representantes do sexo feminino avancem ainda mais na carreira.“A eleição de uma mulher naturalmente vai refletir sobre questão das mulheres em posição de liderança, principalmente porque iremos conversar mais vezes sobre o tema. Mas é necessário que ela confirme a capacidade de gestão para tangibilizar o valor agregado”, diz Marlene Ortega, diretora da Universo Qualidade, entidade especializada em treinamentos e eventos corporativos.

Para ela, é importante acompanhar se durante a gestão da nova presidente a situação da mulher no mercado de trabalho vai realmente mudar. “Hoje ainda temos apenas 11 mulheres ocupando o cargo máximo em grandes companhias nacionais e elas ainda recebem 70% do salário dos homens. Precisamos acompanhar esses dados”, diz.

Flora Victoria, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coaching e especialista em treinamento para a liderança, acredita que é possível, sim, que a sociedade passe a ver as mulheres de maneira diferente, mas tudo depende dos resultados que vão surgir. “Na sociedade como um todo, sobretudo no mundo corporativo, há falta de referência de mulheres ocupando altos cargos. Sem dúvida nenhuma, o País ter uma presidente pode alavancar o número de mulheres assumindo grandes postos nas esferas pública ou privada, mas isso também dependerá dos resultados que forem demonstrados por essas mulheres”, diz a especialista.

Laerte Cordeiro, da consultoria em recursos humanos que tem seu nome, concorda: “Dilma leva com ela esse peso da representação feminina no Brasil e todos nós, homens e mulheres, veremos o que ela fará como líder desta nação”. Ele acredita que, se a ex-ministra for uma boa presidente, a sociedade abrirá mais portas para as mulheres em diversas atividades, tanto humanas quanto profissionais. “O mercado de trabalho, que hoje já reconhece, o crescimento das mulheres no universo corporativo, certamente ampliará esse crédito de confiança a partir do exemplo que virá de cima. Porém, se seu governo não for o sucesso que gostaríamos que fosse, é possível que o contingente feminino sofra com isso no futuro, mesmo sabendo que as mulheres profissionais no Brasil merecem louvores pelo que tem sido sua contribuição em décadas recentes”.

Pelo mundo

Com a eleição, Dilma Rousseff se integra a um seleto, porém crescente, time de mulheres poderosas mundo afora, junto de Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, Cristina Kirchner, presidente da Argentina. Ainda no continente americano, Laura Chinchilla se prepara para assumir a Costa Rica. Na África, a única mulher no comando é Ellen Johnson Sirleaf, que preside o governo da Libéria.

Dilma encara, no entanto, um desafio proporcional aos mais de 185 milhões de brasileiros que vai comandar nos próximos quatro anos, o que confere a ela o título de mulher mais poderosa do planeta, como citou o jornal britânico The Independent: dar continuidade a um momento de crescimento econômico no qual o país está sob os holofotes do mundo. “A eleição representa um grande desafio; para qualquer pessoa que assumisse esse cargo já seria um desafio, mas para a primeira mulher a ser presidente do Brasil, muito mais”, diz Flora Victoria

Quebra de paradigma

A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coaching classifica a chegada de Dilma Rousseff à Presidência como uma quebra de paradigma. “Ela mostra que não existe justificativa para as mulheres não conquistarem altos postos. Muitas vezes, as mulheres justificam seu baixo índice de desempenho com frases típicas como: ‘É porque sou mulher’. Agora, ficou evidente que a sociedade como um todo não se interessa mais sobre essa questão de gêneros, desde que a pessoa seja competente e gere resultados”, explica.

E resultados são exatamente o que vão fazer toda a diferença para que o fato de uma mulher ser a autoridade máxima do Brasil impactar positivamente sobre a sociedade. “Quem ganhou foi a Dilma, que quebrou paradigmas e tem méritos próprios para assumir o comando do País. A nova presidente precisará, no entanto, implantar seu estilo de governo e enfrentar o enorme desafio de dar continuidade ao que o Lula fez, com a diferença de que ela não representa essa figura mitológica do Lula. As pessoas hesitarão menos em criticá-la”, explica Marlene.

A especialista considera que o estilo mais duro da nova presidente pode, sim, ser um trunfo na hora de manter o País nos trilhos. “Dizer que uma mulher poderosa durona imita homem não tem fundamento”, diz a consultora. “Ela precisa ser assertiva. Para comandar, seja a presidência ou no ambiente corporativo, a pessoa tem de ser firme. Ao mesmo tempo, precisa ser sensível a determinadas questões, como as mazelas sociais”, completa.

Atenção à trajetória

Para as mulheres que querem crescer e assumir altos postos, a eleição da nova presidente serve principalmente de exemplo. Formada em economia, Dilma Rousseff fez carreira primeiro como assessora de políticos no Rio Grande do Sul. Depois transitou por secretarias municipais e de Estado, até ser alçada ao cargo de ministra de Minas e Energia do governo Lula. Depois, assumiu a Casa Civil. “As mulheres precisam ter consciência de que uma carreira é construída por conhecimento, esforço dedicação e, sobretudo, por meio da minimização das perdas que ocorrem durante o processo”, diz Flora Victoria.

Ela explica que uma mulher que busca ter uma carreira brilhante e se tornar uma alta executiva deve se preparar fortemente e saber lidar com a autossabotagem. “Vimos que uma mulher pode, sim, chegar ao cargo máximo. Mas é preciso mostrar capacidade, o que independe do cargo. O Obama, por exemplo, não está em alta”, completa Marlene.