Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sabores regionais para as pesquisas

Autor; Luis Goes
Fonte:GS&MD

Houve um tempo em que se acreditava que todos os produtos que eram testados e avaliados pela população da cidade de Curitiba (PR) estavam avalizados para serem distribuídos nas grandes capitais brasileiras. Um momento em que o investimento em pesquisa de mercado era ínfimo e em que era, portanto, necessário otimizar os recursos disponíveis.

Nos últimos anos, realizar uma pesquisa de mercado era focalizar o mercado das regiões Sul e Sudeste, face à sua importância e representatividade nominal no consumo nacional. A região Nordeste do País era avaliada de forma marginal, sempre sendo merecedora da menor quantidade de elementos amostrais. As regiões Centro-Oeste e Norte compunham o universo de análise apenas quando o assunto era o agribusiness.

De alguns anos para cá essa história começou a mudar. Quando observamos que o varejo brasileiro vem crescendo acima do PIB há mais de cinco anos e que, nesse período, a região Nordeste teve uma expansão acima da média do setor, o foco de atenção no desenvolvimento de pesquisas começa a se deslocar.

É óbvio que o Sudeste e o Sul ainda merecem cuidado especial, afinal de contas aí residem 57% dos brasileiros, respondendo por 70% do potencial de consumo. Mas é preciso ter em mente que a geografia do consumo nacional começa a se redesenhar e obriga os pesquisadores a incluir amostras representativas e que permitam conhecer em detalhes o mercado, no mínimo, da região Nordeste, que tem atualmente tanto peso quanto o Sul no consumo nacional. Isso encarece os custos dos projetos de pesquisa, mas certamente aporta informações que significarão mais segurança na distribuição de produtos e serviços nessa região.

O reflexo dessa explosão de consumo no Nordeste é o surgimento de diversas empresas mais especializadas em trabalhos de campo e operacionais de pesquisa, como também institutos de pesquisa que buscam dar um viés regional às análises.

Os pesos do mercado nacional estão mudando e as empresas que quiserem continuar a avaliar seus produtos e serviços à luz do chimarrão e da feijoada certamente correm o risco de ver suas análises atravessadas pelo sabor do acarajé e da buchada de bode. É bom ficar atento!

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