Sérgio Dal Sasso: consultor palestrante administração, empreendedorismo e carreiras

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Organização de empresas de A à Z - Gestão e treinamentos

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O mercado de coaching

Fonte: Canal RH
Jornalista: Vinicius Prates

O mercado de coaching vem crescendo de forma exponencial nos últimos anos, mas isso provoca riscos de ruptura, que podem ser traduzidos por deficiências de qualidade, de resultados ou nos procedimentos éticos. Essa é a opinião de um dos maiores especialistas mundiais no assunto, David Prior. Ele é master certified coach e professor da Columbia University no Columbia Coaching Certification Program. De acordo com o especialista, existem mais de 30 mil coachs atuando hoje em todo o mundo, número que cresceu de uma base quase nula a partir dos anos 1990. Acompanhe a entrevista exclusiva que Prior concedeu ao Canal Rh.


Canal Rh: O senhor afirma que o coaching vem crescendo rapidamente em todo o mundo. Quais os desafios trazidos por esse crescimento?

David Prior: Realmente o número não para de crescer, e não podemos deixar que isso seja simplesmente um modismo. A questão está em manter a qualidade, o que vem sendo feito por meio de certificações e credenciamentos. A International Coach Federation (ICF) mantém um programa de credenciamentos bastante rígido.


Canal Rh: Como funciona essa certificação?

Prior: São três níveis: associado, profissional e master, que só é obtido após 2.500 horas de coaching pago por um cliente. Tem de ser pago para caracterizar o trabalho. Uma das exigências para os ingressantes é que eles façam pelo menos dez horas de coaching supervisionado por um mentor já qualificado.


Canal Rh: E quais são as vantagens de contar com um coach?

Prior: O coach trabalha com habilidades. No mundo dos esportes, é tornar uma pessoa ou equipe vencedora. Nos negócios, é pegar uma pessoa no ponto onde ela está e levá-la até o ponto para onde ela deseja ir. Coaching é um auxílio para o crescimento profissional, que guia o descobrimento de soluções pelo próprio profissional que contrata o serviço.


Canal Rh: As empresas podem ter problemas para indicar um trabalho de coaching para seus funcionários?

Prior: Sim, isso pode gerar desconfianças se não for feita uma boa comunicação. Tudo depende da cultura da empresa, de líderes que sejam abertos, capazes de dialogar com a equipe. Essa cultura não se muda de uma hora para outra, são valores que representam a própria vida da empresa. Cultura é algo complexo, dinâmico, sutil, que não pode ser adaptada para um trabalho apenas.


Canal Rh: Há trabalhos de coaching individuais e para equipes. Qual o mais usado?

Prior: Sem sombra de dúvida o individual. O trabalho em grupo é uma situação mais específica, que deve ter uma meta e um prazo determinados. Não se deve criar um grupo para isso, mas manter os grupos de trabalho intactos. Pode ser usado nesses casos para que a equipe seja mais colaborativa, tenha confiança e reduza os conflitos, o que se reflete diretamente em desempenho.


Canal Rh: Há uma diferença de práticas e expectativas entre os programas de coaching nos Estados Unidos e na América Latina?

Prior: Pela minha experiência existe sim. A primeira coisa que os americanos querem saber é “o que cada um está buscando”, são muito focados na tarefa e nos objetivos. Nos países latinos, o relacionamento tende a ser mais personalizado. Minha experiência maior nesse caso foi num país europeu latino, a Espanha. Os primeiros 15 minutos são para conversas amenas, mesmo que sejam minutos muito bem-pagos. E isso tem de ser respeitado.

Um comentário:

  1. Boa entrevista! Demonstra a seriedade que devemos ter num processo de coaching. Afinal de contas, influenciamos profundamente na vida de uma pessoa! Abraços, Fabio Hirayama - coach.

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